Alegria de esquerdista dura pouco, podem dizer agora os aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro. Isso porque, o ex-PM Élcio Queiroz, apontado como comparsa de Ronie Lessa no assassinato da vereadora Marielle Franco, disse que trabalhou para o Partido dos Trabalhadores (PT) durante a gestão do ex-senador petista Lindbergh Farias.

“Fui assessor do PT em Nova Iguaçu, quando o prefeito era Lindbergh”, disse ele. Na ocasião, os investigadores queriam saber se Élcio teria alguma motivação contrária à esquerda, o que foi negado pelo suspeito. 

“Não tenho antipatia nenhuma por governo de esquerda. Pelo contrário, melhor patrão que eu já tive”, disse ele ao se referir a Lindbergh. “Pagava muito bem seus funcionários. Não tenho nada a falar da esquerda.”

Élcio foi além e disse que concordava com algumas pautas da esquerda, inclusive com o homem considerado o mentor de Marielle Franco, Marcelo Freixo, do PSOL.

“Eu concordo com muitas coisas que ele (Freixo) fala, inclusive do PSOL também. Vou dizer uma coisa, por exemplo: a reforma da Previdência. Eu sou contra a reforma, como o PSOL também é.”, disse ele. 

O depoimento de Élcio soa como uma bomba para a esquerda, visto que a principal suspeita da oposição era de que o crime teria sido cometido por motivação política, nesse caso, por alguém alinhado com a direita. Entretanto, o acusado deixa claro em sua declaração que está mais para um esquerdista do que direitista, frustrando completamente a narrativa tal narrativa.

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