“Não me mate, tenho quatro filhos para criar”. De acordo com uma testemunha que mora nas proximidades da estrada onde o policial militar Adailton Cristiano da Silva, 43 anos, foi executado por criminosos quando voltava para sua casa e foi identificado como PM, essas foram as últimas palavras ditas pelo sargento antes dos barulhos de tiros.

A vítima foi obrigada a sair do carro, ficar de joelhos e sofreu três disparos na cabeça, segundo informações repassadas à polícia. A manhã do dia 22 (domingo) foi de homenagens no sepultamento do PM no Cemitério Bom Pastor, Zona Oeste de Natal.

Houve salva de tiros e chuvas de pétalas jogadas pelo helicóptero da Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Sesed). Adailton Cristiano foi o 11º agente de segurança assassinado em 2019. Ele ingressou no ano 2000 na PM e atualmente estava lotado no Batalhão da Polícia Militar em Macaíba. Ele deixou quatro filhos e havia se casado há um mês, segundo o OP9.

Descaso da imprensa

Durante o enterro de Adailton, um dos seus filhos fez o gesto de continência para o pai, chorando, ao lado dos familiares e amigos que lhe apoiavam. A cena de extrema comoção foi gravada pelos presentes e em seguida compartilhada nas redes sociais. 

Muitos questionaram o descaso da imprensa e de representantes dos direitos humanos sobre a morte covarde do policial. “Meus sentimentos a família. Agora me respondam por favor, apareceu alguém da direitos humanos por aí?”, perguntou um internauta. “Nenhum artista foi homenagear esse pai e consolar esse filho”, disse outro.

Assista o momento comovente abaixo: