A segunda-feira de 16 de junho de 2020 ficará marcada na história do Brasil como um divisor de águas entre os que defendem, de fato, a liberdade ou a censura no país.

No meio desse jogo está a oposição ao atual governo, que em nome da disputa pelo poder parece estar abrindo mão do próprio povo, tudo na expectativa de ver a queda do presidente Jair Bolsonaro.

O número e a qualidade dos juristas que já criticaram às últimas ações de alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal, em particular Celso de Mello e Alexandre de Moraes, não é pouco e nada desconsiderável.

Mello foi responsável pela divulgação do vídeo da reunião ministerial ocorrida entre o presidente Bolsonaro e seus ministros em 22 de abril passado, o que gerou fortes críticas do Executivo, visto que o conteúdo da gravação apenas expôs, de forma desnecessária, falas que nada tinham a ver com o inquérito aberto no Supremo para apurar às acusações do ex-ministro Sérgio Moro contra o governo.

Acusações essas que, diga-se de passagem, judicialmente parecem já ter minguado e que serviram tão somente para alimentar uma série de ataques ao Planalto, desestabilizando o país e favorecendo a oposição.

Alexandre de Moraes, por sua vez, tomando por base o questionável inquérito das “fake news”, autorizou mais de uma vez mandados de busca e apreensão que atingiram diretamente – e exclusivamente – apoiadores do presidente da República, alimentando ainda mais a suspeita de que o Supremo estaria agindo por viés político e não jurídico.

Diante de tudo isso, em um cenário de tantos questionamentos, representantes da oposição ou mesmo no chamado “centrão” não se pronunciaram em nenhum momento no sentido de trazer à tona a necessidade de vigilância quanto aos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal.

Em vez disso, o que fizeram e continuam fazendo é torcer para que a escalada de decisões polêmicas que partem do Supremo continue atingindo os “bolsonaristas”, ainda que isso viole a separação dos Poderes e até mesmo a imunidade parlamentar de 10 deputados e um senador que tiveram os sigilos bancários quebrados por ordem do ministro Alexandre de Moares.

Um país que possui uma “oposição” dessa natureza não tem oposição, mas inimigos! Pessoas, grupos e partidos que indicam tão somente lutar pelo poder e pela hegemonia de uma narrativa, a qual não tem por interesse a garantia da liberdade dos brasileiros, mas sim a sua escravidão.