Os fatos e o tempo são dois grandes juízes da verdade. Como já diz o dito popular, “contra fatos não há argumentos”, e isso também se aplica ao modo como governadores, prefeitos e lideranças políticas estão lidando com a pandemia do coronavírus, onde escolas e igrejas são fechadas, mas aglomerações pró-campanha são permitidas.

Entre os maiores defensores do “fique em casa” estão os críticos do presidente Jair Bolsonaro, figuras como os candidatos à Prefeitura paulista, Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB), políticos que não em nome da própria candidatura não abriram mão de promover aglomeração em seus comícios.

No último domingo (01), Boulos promoveu o “Mutirão da Vida” – que ironia! – com uma multidão de pessoas se debatendo para ouvir o discurso do socialista no Largo da Batata. O PSOL chegou a inventar o Martamóvel e Erundinamóvel, veículos revestidos de acrílico para o transporte de Marta Suplicy e Erundina.

Covas não ficou para trás. Também fez comício com aglomeração, e ele em tratamento contra um câncer, portanto, do grupo de risco do coronavírus. Nos dois casos, o Brasil tem o exemplo perfeito da inversão de valores que há décadas governa a mentalidade da sua classe política: interesses, conveniência e teatro!

Enquanto escolas permanecem fechadas e igrejas sofrem restrições, os marajás da política manipulam, fazem de conta. Serão os mesmos que após a eleição emitirão decretos locais restringindo ainda mais a liberdade da população, talvez em nome de uma “segunda onda”. Um verdadeiro teatro… trágico!