Iniciou a contagem regressiva para que o ainda presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixe o comando da casa. A votação para eleger um novo nome está marcada para hoje, as 19h. Mas até lá alguma surpresa pode acontecer, como o acolhimento de um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro.

Foi isso o que teria ameaçado o próprio Rodrigo Maia durante uma reunião com lideranças do seu partido na noite do último domingo (31), após saber que a maior parte dos deputados do DEM deixou de apoiar a candidatura de Baleia Rossi para a presidência da Câmara.

“Maia disse que, com esse golpe provocado pelo grupo de Bolsonaro, não teria outra alternativa a não ser aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente da República”, informou o G1.

Se Maia cumprir o que disse, o processo de impeachment poderá ser anulado por Arthur Lira caso ele vença a eleição para a presidência da Câmara. Mas, independentemente disso, a ameaça de Rodrigo Maia e o eventual acolhimento de um pedido dessa natureza demonstram o grau de inconformismo com a sua derrota iminente.

Politicamente falando, se Maia cumprir a sua ameaça, estará demonstrando claramente que a sua intenção é prejudicar o presidente Jair Bolsonaro, revelando ao mesmo tempo que seus interesses passam longe de estar voltados para o Brasil, mas para si mesmo.