O jornalista Luís Ernesto Lacombe participou de uma live onde falou sobre a diferença entre um jornalismo de posições comparado ao de militante, ressaltando que, entre outros, a imprensa tradicional perdeu o “monopólio da informação” e da “verdade” com o surgimento de mídias alternativas e das redes sociais.

“Eu não faço militância, eu me posiciono. É totalmente diferente você ser um jornalista posicionado e um jornalista militante. Eu trabalho com fatos. O militante tem uma ideia, ele é passional”, disse ele.

Lacombe citou como exemplo a militância jornalística contra o governo, explicando que a maior parte dos jornalistas filtram as informações, a fim de transmitir apenas uma imagem negativa do presidente da República.

“Grande parte da imprensa odeia o Bolsonaro, então parte da imprensa vai trabalhar para manter essa imagem do Bolsonaro. A nossa imprensa tem, em grande parte, um pensamento fixo pronto, não aceitam a derrota nas urnas”, destacou ele para o Pleno News.

“É como o [colunista] JR Guzzo fala, grande parte da imprensa age como um partido político derrotado nas eleições e trabalha nessa militância. É passional, abre mão do bom senso, do senso crítico, de fatos, da verdade. O jornalista posicionado é completamente diferente, ele trabalha com fatos para mostrar sua posição”, completa.

Ainda segundo o jornalista e apresentador do programa Opinião no Ar, da Rede TV!, outro fator que destaca a militância de grande parte da imprensa diz respeito ao surgimento de mídias alternativas como o próprio Pleno News, Opinião Crítica, Conexão Política, Renova Mídia e outras, assim como das redes sociais.

Para Lacombe, isso fez com que a imprensa tradicional perdesse o “monopólio da informação” e da “verdade”, algo que antes ficava restrito aos grandes veículos, mas que agora pode ser debatido e noticiado por diferentes meios, o que consequentemente gera visões diferentes por parte da população.

“As pessoas estão muito acostumadas aos veículos tradicionais, e neles há a questão comercial, etc. E eles [grandes veículos] não aceitam que deixaram de ter o monopólio da informação, o monopólio da verdade, com [a chegada das] redes sociais, com veículos alternativos como o Pleno.News e, principalmente, a mídia eletrônica”, disse ele.

“Eles precisam entender e respeitar os fatos e as verdades, [é preciso] abandonar essa guerra. Vamos debater ideia. Eu tenho no meu programa a Amanda Klein, que é progressista. Nós sempre discordamos, mas eu prefiro que a gente tenha um debate saudável, tem que ser por ai”, conclui. Assista: