Sob um olhar menos atento nas redes sociais parece haver mais intrigas entre pessoas, que se dizem de direita, do que entre aqueles que se autodenominam progressistas. Mas, se nos afastarmos da emocionalidade do conteúdo dessas desavenças e nos basearmos numa ótima mais racional, essa opinião talvez possa mudar.

Em primeiro lugar, os internautas conservadores em geral evitam seguir perfis e grupos de esquerda, pois sabem da existência de um verdadeiro tribunal virtual informal na direita, que aplica penas duras contra quem toma esta atitude, considerada quase uma deserção ou traição, punida através de comentários explosivos, deletes, bans e bloqueios.

Por conta disso, perfis de direita acessam quase exclusivamente perfis e grupos de mesma convicção política conservadora, o que os impede de perceber que também há atritos na esquerda. Além disso, a sede de adicionar cada vez mais seguidores e pessoas com os mesmos ideais, conduz as pessoas da direita a ter poucos critérios na adição de novos “amigos” nas suas redes, que se tornam abarrotadas de invasores e oportunistas.

Basta alguém disfarçar-se com emojis de bandeira verde e amarela para ser admitida em um perfil conservador. Depois, como um cavalo de troia, revelam sua missão: causar tumulto e discussões inócuas dentro de perfis e grupos de direita, a fim de manipular algoritmos e derrubar perfis e publicações de conservadores.

Faz-se mais do que necessário verificar que trata-se de uma estratégia matemática para inviabilizar a expressão da opinião da maioria da população que é conservadora. Embora possa parecer que exista mesmo o predomínio de um lefty bias ou viés esquerdista no controle das mídias, é necessário considerarmos a existência de todo um universo de outras estratégias nessa terra de ninguém que é a internet.

É é aí que bots, spams e outros mecanismos são muito mais explorados pelos esquerdistas, que se aproveitam de haver um certo sentimento purista de “fazer sempre o certo”, que impede que a direita lance mão de qualquer ação, minimamente considerada moralmente inaceitável.

Não quero dizer com isso que a direita deva usar hackers ou disseminar vírus nas redes sociais, mas apenas sugerir maior atenção diante de táticas imorais e antiéticas, engendradas nos “netbunkers” progressistas.

Outro ponto que considero crucial e que deixei para o final, pois amarra bem essa questão, é um efeito que chamo de estratégia das hienas contra o gnu. Percebo que os “atores” da esquerda, desde o menor robozinho sem seguidores, até as personalidades artísticas, nunca ficam em cena por muito tempo.

Como as hienas, agentes da esquerda revezam-se em sua aproximação agressiva e seus ataques com fake news contra algum “gnu” opositor da direita. Elas nunca ficam muito tempo sob os holofotes da vez, pois seus argumentos rasos, contradições e deslizes de conteúdo nos discursos rapidamente viriam à tona. Antes que isso aconteça, outra hiena dá seu latido e o “gnu” volta-se então na direção do novo predador, desperdiçando o seu tempo com reações contra a nova investida virtual contra si.

Assim, reflito que os movimentos conservadores deveriam analisar melhor sua articulação no mundo da Web. Talvez pudessem considerar que ser estrategista não significa ser desleal, mas também não significa ser ingênuo. Deveriam ouvir e valorizar mais seus pequenos soldados conservadores, aqueles que não são celebridades, nem estão nos andares de cima das redes, onde transitam os que ostentam vários “Ks” de seguidores.

Outra estratégia aos “gnus da direita” seria que debruçassem mais sobre críticas construtivas, considerando e compartilhando a história e os pontos positivos do universo conservador, discutindo economia liberal, filosofia, ciência, etc. E, na hora da inevitável discussão interna, que estejam disponíveis a se autoavaliar, a fim de não deixar que vaidades e pensamentos persecutórios, de traidores por toda a parte, prejudiquem o diálogo.

Finalizo com uma mensagem. Mesmo que estejam propensos ao medo de perder uma guerra, que todos os conservadores não apenas lutem nas batalhas, mas que usem todas as armas do seu imenso arsenal. Usem – sem moderação – toda a sua inteligência, conhecimento, sentimento moral de hombridade e justiça, Amor e Fé em Deus.