A partir de agora, inúmeras pesquisas de intenção de votos para 2022 serão realizadas, em sua maioria sobre a presidência da República. Mas até que ponto os resultados apresentados pelos institutos de pesquisas devem ser levados em consideração pelo eleitor?

Para responder essa pergunta, basta olhar o passado e buscar observar o número de previsões erradas de institutos, por exemplo, como o Ipobe, que só nas ultimas eleições errou suas previsões em 15 das 26 cidades onde realizou pesquisas, segundo o Poder360.

Ao lado do Ibope, o Datafolha também caiu nas manchetes da vergonha em 2018 devido aos erros discrepantes em suas pesquisas. O portal IG, por exemplo, publicou a seguinte chamada: “Pesquisa Ibope e Datafolha erram feio em levantamentos antes do primeiro turno”.

Exemplos não faltam e poderíamos citar vários, inclusive fora do país, mas o objetivo aqui é lembrar ao cidadão que a verdadeira intenção de votos não está em pesquisas encomendas, mas nas ruas! É no relacionamento com a população que o político se coloca a prova e não em um questionário previamente selecionado.

Neste sentido, refazemos a pergunta de outra matéria publicada no Opinião Crítica: Por que Lula não faz como Bolsonaro e vai ao encontro do povo, nas ruas? A resposta é simples: ele sabe que o nível de aprovação do atual governo é muito diferente do divulgado nas mídias tradicionais.

Diferentemente do presidente, Lula não tem a liberdade de ir numa padaria ou de tomar um refrigerante em uma mercearia qualquer, porque sabe que a rejeição à sua pessoa é grande, muito maior do que o PT tenta ignorar e fazer parecer o contrário em suas campanhas de marketing.

Assim como Lula, muitos outros virtuais candidatos à presidência ou aos governos estaduais não sairão nas ruas de peito aberto, salvo com militância organizada. Bolsonaro, por sua vez, deverá repetir a fórmula de 2018 e se misturar com os eleitores, especialmente agora com a inclinação cada vez maior do Nordeste para o seu governo.

Se nenhuma ruptura institucional ocorrer até lá (não por parte do governo), 2022 será a repetição de 2018, com a oposição apelando aos meios de comunicação e recursos judiciais infindáveis, e o atual presidente contando com um celular nas mãos, o povo e a fé em Deus.