A primeira segunda-feira de fevereiro foi um dia histórico para o governo do presidente Jair Bolsonaro. Isso porque, os seus dois candidatos à presidência do Senado e da Câmara venceram a disputa contra os adversários, o que torna a possibilidade de impeachment praticamente enterrada.

A oposição não contava com a dupla vitória do presidente, pois acreditava-se que Bolsonaro não teria mais o mesmo poder de articulação do início do seu mandato, ao ponto de reunir maior número de parlamentares em favor dos nomes apoiadores pelo governo.

Mas, desde que Arthur Lira passou a se aproximar do governo em março de 2020, a estratégia do Planalto já parecia estar sendo encaminhada. Líder do chamado “Centrão”, um bloco que reúne quase 150 deputados, e conhecido como grande articulador, Lira foi a peça-chave do presidente para a derrota dos seus adversários.

Tanto Lira quanto Pacheco (agora presidente do Senado) possuem interesses, digamos, mais pragmáticos e menos ideologizados, o que é bom para o governo, visto que isso é fundamental para aprovar pautas como a reforma tributária e administrativa, travadas até então.

Em outras palavras, ambos parecem mais focados em fazer avançar pautas de real interesse para o Brasil, e não assuntos como “CPI das fake news” e outras bobagens que nasceram como fruto das politicagens oposicionistas que só visam atingir a base de apoio do presidente da República.

Possibilidade de impeachment

A narrativa do impeachment que vinha ganhando força nas últimas semanas tende a ser esquecida e enterrada completamente daqui em diante. Não apenas pela falta de fundamentação jurídica, mas também pela indisposição dos atuais presidentes da Câmara e do Senado de colocá-la em pauta.

Se com Rodrigo Maia e Alcolumbre, críticos explícitos do presidente Jair Bolsonaro, nenhum pedido de impeachment foi acolhido – porque eles sabiam que não haveria força política para dar continuidade ao processo -, não será agora que será.

Por fim, o fato é que o clima em Brasília mudou e ele está bem mais favorável ao governo. A expectativa é que as reformas saiam do papel, que pautas de comportamento/valores entrem em cena e que o Brasil, finalmente, possa avançar naquilo que realmente importa para a maioria da sua população.