A investida do ativismo LGBT no público infantil é uma estratégia que já não passa despercebida dos olhos e ouvidos mais atentos. Desenhos como “A Casa da Coruja”, que traz a primeira protagonista bissexual da Disney, é um exemplo disso.

“No desenvolvimento [da série] eu fui muito clara sobre minha intenção de colocar jovens LGBTQ no elenco principal. Eu não sei mentir, então fazer na surdina seria muito difícil”, declarou a diretora de cinema Dana Terrace, produtora do desenho.

“Quando fomos aprovados, alguns representantes da Disney afirmaram que eu não poderia representar nenhum relacionamento bi ou gay no canal”, contou Dana, frisando que apesar da resistência inicial, executivos do primeiro-escalão da empresa autorizaram a produção.

Terrace deixou claro que o desenho reflete seus próprios ideais. “Eu sou bi! Eu quero escrever uma personagem bi, caramba! Felizmente minha teimosia foi muito apoiada pela liderança da Disney.”

A declaração da produtora do desenho reflete exatamente o que alimenta a grande preocupação e críticas dos pais em relação à inclusão de personagens LGBTs em desenhos infantis: não se trata de uma preocupação com o respeito ao diferente, mas sim com o ativismo ideológico.

Terrace deixa claro isso em suas declarações. Ao comentar a produção em sua conta no Twitter, ela afirmou: “Lute sempre para fazer o que você deseja ver! Mal posso esperar para explorar coisas que são importantes para mim e minha equipe. Ansiosa pelo próximo capítulo”.

Ou seja, a produtora não está preocupada com a criança telespectadora, seus próprios valores, ideais e educação. Ela está interessada em usar o espaço de produção da maior empresa de entretenimento infantil do mundo para falar de si mesma: “Mal posso esperar para explorar coisas que são importantes para mim”, foi o que declarou.

O desenho também fala de feitiçaria. A história, segundo a Jovem Pan, narra “uma adolescente normal de 14 anos que embarca em uma jornada para uma outra dimensão para se tornar uma bruxa.”

Por fim, na prática, quando uma criança é exposta a esse tipo de conteúdo, ela não está lidando com algo produzido com base em valores consensuais, isto é, comuns para todas às famílias e sujeitos à compreensão simples do mundo infantil.

Ela é exposta a um roteiro produzido com a finalidade de refletir a visão de mundo do seu autor, no caso a bissexual Dana Terrace. Não é, portanto, um conteúdo passivo, mas sim ativo, visando moldar, influenciar a formação de pensamento da criança.

Se você, pai e mãe, concorda com essa visão, ok. Se não, a melhor coisa a fazer é vetar a Disney da sua grade de programação.