O Ministério da Defesa da China anunciou na terça-feira 17 que desenvolveu “com êxito” uma vacina contra o novo coronavírus e que já teria autorizado testes em humanos, embora não tenha indicado quando é que estes começam.

O medicamento teria sido desenvolvido por cientistas da Academia Militar de Ciências, liderada pelo epidemiologista Chen Wei, com a participação das universidades de Pequim, Tsinghua e Xiamen, bem como outras instituições de investigação, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

O anúncio feito pela China surgiu praticamente um dia depois que os Estados Unidos também anunciaram o início dos testes de uma vacina em seres humanos.

O curto espaço de tempo entre o surgimento da doença, o seu controle no país asiático e a suposta “concorrência” na corrida pelo desenvolvimento de um medicamento eficaz, lado aos americanos, vem alimentando várias teorias conspiratórias sobre o aparecimento do Covid-19.

Muitos acreditam que o governo comunista da China teria sido capaz de criar o novo coronavírus em laboratório e disseminado propositadamente, a fim de causar uma pandemia mundial para que pudesse obter vantagens econômicas e assim se fortalecer diante das outras potencias mundiais, especialmente os Estados Unidos.

Até o momento, pelo menos 3.326 pessoas morreram de Covid-19 na China entre as 80.881 contagiadas registadas desde o início da epidemia. Os mortos, entretanto, seriam vítimas do “sacrifício” necessário idealizado pelo governo da China, o qual já teria o conhecimento da vacina disponível para controlar a disseminação do vírus em seu país, diferentemente dos outros países.

O surto do Covid-19 começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, infectando até o momento mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Apesar das teorias conspiratórias, não há qualquer dado significativo capaz de comprovar a criação em laboratório do Covid-19 pelo governo da China, nem da sua disseminação proposital no país e restante do mundo. Até então, tudo não passa de especulação, muito embora os fatos em sequência sirvam para alimentar diversas teorias.