A França foi alvo na manhã desta quinta-feira (29) de mais um ataque terrorista, promovido por um radical islâmico, dentro da maior catedral cristã do país, em Nice, onde três pessoas foram mortas e várias ficaram feridas por golpes de faca.

Como se não bastasse, o ex-Primeiro-Ministro da Malásia, Mahathir bin Mohamad, fez uma série de declarações em sua rede social buscando justificar veladamente o ataque aos franceses, fazendo parecer que o terrorismo seria um ato de punição por suposta discriminação e violência histórica contra o povo islâmico.

“Os franceses, ao longo de sua história, mataram milhões de pessoas. Muitos eram muçulmanos”, escreveu ele, se referindo em seguida ao presidente da França, que condenou o radicalismo islâmico no seu país após um professor ter sido decapitado por um fanático.
“Macron não está mostrando que é civilizado. Ele é muito primitivo em culpar a religião do Islã e dos muçulmanos pelo assassinato do professor insultuoso. Não está de acordo com os ensinamentos do Islã”, destacou Mahathir.
A sequência de publicações de Mahathir no Twitter, no entanto, deixa claro o viés radical do ex-Ministro, que sugere haver alguma justificativa nos atos terroristas, incluindo a morte de “milhões de franceses” como um suposto “direito”.
“Os muçulmanos têm o direito de ficar com raiva e matar milhões de franceses pelos massacres do passado”, disse ele. “Mas, em geral, os muçulmanos não aplicaram a lei do ‘olho por olho’. Os muçulmanos não. Os franceses não deveriam. Em vez disso, os franceses deveriam ensinar seu povo a respeitar os sentimentos dos outros”, completou.
Mahathir bin Mohamad, por fim, que também é muçulmano, finalizou a sua sequência de publicações da seguinte forma, se referindo ao presidente da França:
“Visto que você culpou todos os muçulmanos e a religião dos muçulmanos pelo que foi feito por uma pessoa irada, os muçulmanos têm o direito de punir os franceses. O boicote não pode compensar os erros cometidos pelos franceses todos esses anos.” Veja abaixo:
Mahathir bin Mohamad tenta justificar ataque terrorista aos franceses.
Reprodução: print do Twitter