A Austrália enfrenta a pior tragédia ambiental na sua história recente, após incêndios devastarem mais de 5,5 milhões de hectares de terra e matarem mais de 500 milhões de animais, além de 18 pessoas até o momento. E enquanto o país pegava fogo, uma decisão polêmica chamou atenção: a legalização do aborto!

O Parlamento do estado de Nova Gales do Sul aprovou uma reforma na lei do país, que já tinha 119 anos, descriminalizando o aborto, prática essa que era punida com pena de 10 anos de prisão. A decisão foi tomada em setembro passado, quando diversos focos de incêndio começaram a tomar conta do país.

A notícia sobre a legalização do aborto em todos os estados da Austrália, no entanto, só ganhou maior notoriedade nos últimos dias, porque muitos associaram a tragédia ambiental no país a uma espécie de “castigo” por causa da morte institucionalizada de bebês.

“Além de eliminar o aborto como crime nos termos da Lei Penal, a nova regra permite que as mulheres interrompam voluntariamente a gravidez com até as 22 semanas de gestação e praticada por um médico”, informou a Exame na época.

“Hipocrisia, essa é a palavra. Tanta comoção pelos animais mortos nos últimos dias, mas fetos humanos são desprezados sem nenhum tipo de dignidade”, escreveu um internauta ao comentar a matéria da Exame. “O choro pelos animais mortos é legítimo. Há choro também pelas crianças?”, questionou outro.

Se a tragédia ambiental que assola a Austrália é ou não resultado do “castigo divino”, isso não é possível confirmar, mas é certo dizer que diferentemente de um fenômeno natural provocado pelo calor, a legalização do aborto no país foi intencional, o que significa trazer a morte para o país, e de forma consciente.