Em um contexto onde a imagem de crianças e adolescentes são exploradas para fins ideológicos, vale muito a pena relatar casos reais de superação que inspiram milhares de pessoas, como o da pequena Cleidy, de apenas 11 anos, que mesmo sem mãos aprendeu a escrever e hoje sonha em ajudar outras pessoas como ela.

“Nasci sem as mãos, mas  posso fazer de tudo . Eu me sinto ótima porque sou uma pessoa igual às outras. Deus me fez assim, e eu aprendi a usar meus antebraços em vez de mãos”, disse a menina em uma carta escrita por ela mesma.

Cleidy nasceu na Guatemala, um país onde pessoas com deficiências congênitas como ela enfrentam forte discriminação social. Por causa disso, a sua própria mãe lhe abandonou aos 3 anos de idade, por vergonha da filha. Ela foi criada pela avó, que recebeu ajuda da organização ‘Compassion International’, uma entidade cristã sem fins lucrativos que lida com casos do tipo.

“Trato Cleidy como as outras garotas do centro da Compassion”, disse Jamin, professora da criança no Compassion. “Eu acredito que ela tem as mesmas habilidades e possibilidades que eles têm. Por isso eu a ensinei a segurar um lápis com os pulsos para escrever. Ela aprendeu muito rapidamente!”

“Eu amo como o centro e minha tutora, Jamin, acreditam em mim e apoiam meu futuro”, diz Cleidy. “Eu costumava ficar triste com o meu passado, mas graças ao amor dos meus amigos do centro, minha avó e Deus, sou feliz”.

Hoje Cleidy deseja ajudar outras pessoas. “Quero apoiar crianças com necessidades como as que tenho e incentivá-las a não se sentirem sozinhas. Mesmo que sejam como eu, sem pais, Deus sempre estará lá por eles”, afirmou a menina, segundo o Faith Wire.

Cleidy usa os pulsos para escrever. Reprodução: Google

 

Exemplos que vão além da ideologia

A história de vida de Cleidy revela o quanto é importante que a imagem de crianças e adolescentes esteja associada a questões de pacificação, inspiração e aprendizado mútuo para a sociedade, e não para fins ideológicos, como ocorre com a adolescente Greta Thunberg.

Greta foi transformada pela mídia e por grupos de interesse ambiental em um símbolo de “luta” e “resistência” acerca de pautas que ela mesma não compreende o quanto deveria, obviamente, por causa da sua pouca idade. 

Não se pode confundir a iniciativa voluntária de crianças e adolescentes na defesa de qualquer assunto com o aliciamento ideológico. No caso de Greta, parece ficar cada vez mais evidente que a menina foi transformada em garota-propaganda do ambientalismo radical, e certamente tamanha repercussão jamais teria existido apenas com o seu protagonismo.