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Comunismo: China proíbe a “liberdade de pensamento” nas principais universidades

Mudanças no estatuto de uma das principais universidades da China, que abandonou a frase “liberdade de pensamento” e acrescentou uma promessa de seguir a liderança do Partido Comunista, provocaram um debate acalorado e um raro ato de protesto estudantil.

As mudanças no estatuto da Universidade Fudan, em Xangai, considerada uma das instituições mais liberais da China, vieram à tona na terça-feira, quando o Ministério da Educação afirmou ter aprovado alterações em três universidades.

Em poucas horas, as emendas do Fudan estavam em alta na plataforma de mídia social Weibo, com uma hashtag citada mais de um milhão de vezes.

O novo estatuto afirmou que a universidade “armaria as mentes de professores e estudantes usando a ideologia do socialismo de Xi Jinping com características da China na nova era”. 

Um vídeo que circulava no Twitter na tarde de quarta-feira mostrou um grupo de estudantes da Universidade de Fudan cantando seu hino universitário, que também inclui a frase “liberdade de pensamento”, durante o intervalo do almoço, em um raro sinal de protesto.

Desde que o líder do Partido Comunista Xi Jinping chegou ao poder em 2012, a China reforçou os controles na Internet e na sociedade civil em uma campanha que viu uma crescente censura e um espaço cada vez menor para divergências, inclusive nas universidades.

Na noite de quarta-feira, a universidade de 114 anos publicou um comunicado em sua mídia social dizendo que as alterações na carta foram feitas “em estrita conformidade com os procedimentos legais”.

Também observou, no entanto, que a escola continuaria a ter o mesmo hino. A música, composta em 1925, inclui a frase “independência acadêmica e liberdade de pensamento”.

O partido tem mantido supervisão constante nos campus universitários para evitar possíveis discordâncias desde que estudantes lideraram protestos pró-democracia centrados na Praça Tiananmen de Pequim, em 1989.

As universidades da China operam há muito tempo sem total independência acadêmica. Os currículos estão sujeitos a ditames do Partido Comunista e normas políticas que tornam certos tópicos ou posições fora dos limites.

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