Em viagem oficial no Qatar, o presidente Jair Bolsonaro firmou acordo nesta 2ª feira (28) para a retirada mútua da necessidade de vistos em viagens com fins de turismo, trânsito e negócios. Ao todo, foram 6 compromissos firmados entre os 2 países.

Brasil e Qatar firmaram entendimento para cooperação mútua na área de saúde. Também vão cooperar em “grandes eventos”. Assuntos relativos à defesa também foram acordados entre os 2 países. 

Haverá cooperação “na troca de conhecimentos e experiências sobre organização e operações das Forças Armadas das  duas partes. Isto incluiu “operações de manutenção da paz, bem como uso de equipamento militar nacional e estrangeiro”, informou o Poder360.

Comentário:

O governo brasileiro está focado no crescimento econômico do Brasil, o que é bom, mas tem falhado em aspectos importantes envolvendo a relação com outros países, como a segurança nacional diante da influência do radicalismo islâmico, algo que precisa ser observado à risca, especialmente se tratando de um governo alinhado com Israel.

Déa Fernandes, que é advogada, jornalista, presidente da organização Ecoando a Voz dos Mártires e porta-voz do Movimento pelo Reconhecimento do Genocídio de Cristãos e Minorias no Oriente Médio, usou suas redes sociais para protestar contra a decisão do governo brasileiro.

“Como pode o presidente conceder liberação de ‘visto de turista’ para o Qatar, além de acordar intercâmbio entre academias diplomáticas e assuntos relativos à defesa? Será que os conselheiros de Bolsonaro não sabem que trata-se de um Estado totalitário que financia a jihad global contra o Ocidente?”, escreveu a ativista.

Déa é apoiadora do governo Bolsonaro, mas tem apontado alguns erros da sua administração. Ela citou dados do Gatestone Institute, uma das entidades mais respeitadas do mundo no tocante ao monitoramento da perseguição religiosa promovida pelo radicalismo islâmico, para fundamentar sua crítica em relação com o Qatar.

“As autoridades americanas calculam que o Qatar agora substituiu a Arábia Saudita como a fonte das maiores doações privadas ao Estado Islâmico e outras afiliadas da Al Qaeda”, comentou ela em uma citação direta do Instituto.