A grave geral marcada para esta sexta-feira (14), organizada por centrais sindicais e partidos de oposição ao governo Jair Bolsonaro, não ocorreu conforme os organizadores esperavam, e ao que tudo indica nem para a sociedade em geral. Cenas de vandalismo, obstrução de vias e conflito com forças policiais foram registradas, decepcionando muitos que esperavam a realização de um ato pacífico e sem incidentes.
Houve paralisação de vários serviços no país, como transporte público e dos bancos em várias cidades. Todavia, a maioria da população reagiu criticamente contra os manifestantes. No Twitter, a hashtag “Dia 14 Brasil Trabalha” ficou primeiro lugar, a #GreveGeral em segundo e a #DemitaUmGrevista em terceiro, indicando a forte rejeição do público ao ato. A frase “troquem um grevista por um desempregado” também viralizou nas redes sociais.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse nas redes sociais que “há poucas dúzias de pelegos atrapalhando milhões de cidadãos que querem trabalhar. As procuradorias dos estados têm que exigir multas pesadas contra sindicatos que promoveram essa agressão aos trabalhadores”, disse.
Milhares de pessoas tiveram dificuldades para chegar ao trabalho, escolas e faculdades, devido ao ato contra à reforma da Previdência e ao contingenciamento das verbas para a Educação. Em João Pessoa, operadores de telemarketing foram impedidos de entrar na empresa.
Em Florianópolis, Rio de Janeiro e em Porto Alegre, os manifestantes fizeram barricadas ateando fogo em objetos amontoados nas vias, como pneus, caixas e outros materiais inflamáveis. A polícia precisou usar bombas de feito moral na capital carioca, enquanto na região Sul os manifestantes tentaram impedir o funcionamento do trem incendiando parte dos trilhos.
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