O nome de Renato Feder, segundo informações do Estadão, foi escolhido por Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Educação. Todavia, ele também já está sendo combatido por aliados mais próximos do presidente, os quais apontam divergências em relação à agenda ideológica do governo, como a questão das drogas.

Em um livro publicado por Feder em parceria com seu amigo Alexandre Ostrowiecki, em 2007, chamado Carregando o Elefante – Como Livrar-se do Peso que Impede os Brasileiros de Decolar, existe por exemplo a defesa da legalização das drogas para consumo em locais específicos, privados.

Segundo a BBC, o texto fala em “legalizar todas as drogas hoje proibidas, desde que consumidas em locais pré-determinados e que seja proibido fazer propaganda” e reduzir fortemente as Forças Armadas.

Coordenadora nacional do movimento “Maconha Não”, a psicóloga e presidente do Avante no Paraná, Marisa Lobo, se manifestou criticamente em relação à indicação de Feder para a Educação.

“O Feder é a favor da legalização das drogas, como coordenadora do movimento #MaconhaNão, como podemos apoiar um ministro que apóia legalização das drogas? E também defende a redução das forças armadas?”, questionou Marisa em sua rede social.

Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Feder atuou como com sucesso como executivo, demonstrando uma visão economicamente liberal, o que deve ter agradado o governo, especialmente o ministro da Economia, Paulo Guedes.

No entanto, o viés ideológico aparentemente progressista de Renato Feder virou alvo de críticas e pode minar a confirmação do administrador no Ministério da Educação.