A polêmica saída de Carlos Alberto Decotelli do ministério da Educação pode ganhar novos capítulos nos próximos dias. Isso, porque, evidências apontam que ele pode ter sido vítima de uma tentativa de assassinato de reputação em massa, e isso com a chancela de alguns veículos de comunicação.

Decotelli reconheceu que há inconsistência de informações em seu currículo, mas negou que elas fossem comprometer a sua competência profissional ou mesmo a sua formação. O caso estaria resolvido se a Fundação Getúlio Vargas não tivesse emitido um comunicado negando que o economista tivesse atuado como professor da instituição.

Todavia, Decotelli enviou à Época imagens de seis placas de homenagens recebidas por ele, supostamente da própria FGV, onde ele é citado como professor da Fundação, desmentindo assim a informação de que ele não teria atuado como acadêmico.

Para a psicóloga Marisa Lobo, presidente do Avante-PR, a queda de Decotelli do ministério da Educação foi motivada politicamente.

“A esquerda nunca vai admitir que o Ministro da Educação não seja um deles, todos que o Sr. indicar, serão perseguidos e odiados”, escreveu Marisa em endereçar a mensagem para o presidente Jair Bolsonaro no Twitter.

“Sei o que estou falando, são anos lutando por uma educação sem ativismo ideológico. Acha que querem uma educação conservadora?”, destacou a a psicóloga.

“Um ministro da Educação tem que ser declaradamente um conhecedor da engenharia ideológica marxista que dominou a Educação, e tem que ter coragem para enfrentar essa educação subversiva do Brasil, a fim de modificar sua estrutura”, explicou Marisa.

Decotelli, por sua vez, fez um desabafo sobre a sua saída, sugerindo que ela também teria sido motivada por racismo: “Há muitos brancos com imperfeições em currículo trabalhando sem incomodar ninguém”, disse ele ao UOL.

“[Me sinto] Destruído e massacrado na minha integridade como professor”, disse o ex-ministro. “Mesmo assim, após o ocorrido, lecionei ontem à noite utilizando a plataforma Zoom, em respeito aos alunos, que não têm culpa da fraude da FGV”.