O novo Ministro da Educação, pastor e Doutor Milton Ribeiro, já integrava o governo Bolsonaro na Comissão de Ética da Presidência da República desde 2019, ocasião em que concedeu uma entrevista para falar da repercussão do seu convite para o cargo.

“Quando eu era pastor em Pederneiras (SP), um dos gerentes do banco tinha os filhos adolescentes e eu era solteiro. Nós estávamos juntos, lá na igreja, e um desses jovens cresceu, estudou e se tornou recentemente ministro do governo Bolsonaro. Ele foi um dos contatos”, explicou.

“Me pediu meu currículo, eu entreguei, mas nem pensei que diante de tantos nomes seria chamado para compor essa comissão tão importante da Presidência da República. Então, foi assim que o meu nome chegou ao Governo”, destacou.

“Eu fui convidado para a posse presidencial através desse ministro, o meu contato com o presidente foi de longe. Mas creio que esta foi uma oportunidade que Deus abriu as portas para eu poder contribuir de alguma maneira com a minha pátria, com o Brasil”, completou Dr. Milton.

Sem dúvida o pastor não imaginou na época que hoje, em julho de 2020, estaria assumindo o Ministério da Educação, e isto em plena pandemia do novo coronavírus.

Pastor da Igreja Presbiteriana de Santos, advogado, mestre em Direito e  Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), ele também lembrou na ocasião que a oposição tentou lhe desqualificar pelo fato de ser um líder religioso, algo que sem dúvida poderá ocorrer também nesse momento.

“A religião é algo subjetivo da pessoa, é uma opção. Não é isso que me qualifica. Então, houve um primeiro momento em que tentaram me desqualificar, mas eu encerro dizendo o seguinte: ser pastor, para mim, é o primeiro e mais qualitativo título”, disse ele durante entrevista para o Guiame.

“Eu não sou ministro do Supremo do Brasil, eu sou ministro do Supremo Deus e é isso que me alegra. Eu estou muito tranquilo, não me envergonho do Evangelho e mais ainda, eu também não quero nunca envergonhar o Evangelho”, completou Milton.