A fala do Ministro da Educação sobre possíveis causas envolvendo o desenvolvimento da orientação sexual homossexual, gerou polêmica – como é de se esperar – principalmente entre os críticos do governo, mas também fez com que alguns saíssem em sua defesa, como o professor da Universidade Federal de Pernambuco, PhD. Emanoel Barros.

Durante uma entrevista, ao comentar sobre a educação sexual na sala de aula, Ribeiro declarou que “é importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero”, distinguindo aparentemente o que seria ativismo ideológico do ensino curricular.

“Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo”, destacou o ministro, que completou:

“É claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo têm um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa

Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, concluiu Ribeiro.

A opinião de um gay

Apesar da expressão “família desajustada” parecer não ter sido dita pelo ministro, e sim atribuída por inferência ao seu pensamento como forma de polemizar mais a questão, inúmeras manchetes repercutiram essa colocação como sendo palavras do pastor.

A essência da expressão, no entanto, realmente está no contexto da sua fala, e ela aponta para a possibilidade de que famílias disfuncionais, ou seja, com problemas entre os seus membros, geralmente de ordem afetiva, representativa, etc., podem influenciar o desenvolvimento da orientação sexual dos filhos.

Para o professor Emanoel Barros essa possibilidade é real, muito embora não represente todos os casos de pessoas homossexuais. O docente, que possui pós-doutorado em Economia e se assume homossexual, citou a si mesmo como exemplo de gay que não partiu de uma família considerada “desajustada”, mas argumentou que há situações desse tipo.

“Ele usou a liberdade de expressão dele, e ele tem o direito de usá-la como quiser. Não julgue antes de ver”, disse o Dr. Emanoel ao se referir ao ministro. “Algumas famílias de filhos gays são, sim, desajustadas. Outras não são. Eu tive a sorte de ter uma família que não é desajustada. Eu tive uma mãe que me amou desde o momento que eu soube que eu era gay”, completou.

Na sequência, Emanoel Barros sugeriu que muitos que criticam a fala de Milton Ribeiro estariam se fazendo de vítimas da própria história. Para ver o testemunho completo do professor sobre o assunto, assista o vídeo abaixo com o título “Gay Não é Vítima”:

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