Apesar de haver um apelo cada vez maior para a retomada da economia em diversos países, incluindo o Brasil, os números do Covid-19 continuam crescendo e chamam atenção para a necessidade de cautela na hora dos governos tomarem novas decisões.

Nesta sexta-feira (10), a Universidade americana Johns Hopkins, que monitora os casos de coronavírus em um centro de tecnologia local, divulgou que o número de mortes por Covid-19 em todo o mundo passou de 100 mil, com 1.650.210 de infectados no planeta.

O total contabilizado pela instituição, com base em informações de autoridades de saúde dos países, é de 100.376. A Itália registrou o maior número de óbitos (18.849), seguida por EUA (17.925) e Espanha (15.970).

Segundo informações da agência internacional Reuters, a pandemia do Covid-19 já pode ser comparada à Grande Praga de Londres que ocorreu por volta de 1666, matando um terço da população da cidade na época, cerca de 100 mil pessoas.

Taxa de letalidade do Covid-19

Com base nos números atuais, a taxa de letalidade do Covid-10 no mundo é de 6,25%, mas países como a Itália, França, Argélia, Holanda, Espanha e Grã-Bretanha, relatam que mais de 10% de todos os casos confirmados foram fatais.

Especialistas, contudo, admitem que a taxa pode ser menor de modo geral, visto que muitos infectados pelo vírus não apresentam sintomas, não tomando conhecimento da doença. Ou seja, se eles entrassem nas estatísticas, a letalidade reduziria.

Apesar dos números alarmantes, o Covid-19 está longe de ser uma pandemia de grandes proporções, por exemplo, como foi a gripe espanhola entre 1918 e 1920, que matou cerca de 20 milhões de pessoas em todo o planeta, apenas em 2 anos.

Ainda assim, por se tratar de um vírus ainda em estudo e mutável, o Covid-19 exige cautela, prudência e prevenção, visto que novas ondas de surtos podem ocorrer.

Mesmo que a taxa de letalidade seja baixa e se concrente em grupos de risco, um grande número de internados por causa do Covid-19, ao mesmo tempo, pode fazer colapsar o sistema de saúde de qualquer país, provocando uma reação em cadeia de precariedade no socorro às vítimas de outras doenças.

É por essa razão que medidas parciais de isolamento/quarentena são necessárias, além das práticas de higiene e prevenção, como o lavar às mãos, usar o álcool em gel, manter uma distância mínima especialmente de pessoas com sintomas suspeitos e proteger os mais velhos.