O Movimento Brasil Livre (MBL) está organizando uma manifestação contra o governo Bolsonaro para o dia 12 de setembro, e para isso também conta com o apoio do Vem Pra Rua, outro grupo dissidente em relação ao apoio ao atual presidente da República. Todavia, o que para eles pode ser motivo de expectativa, também pode se converter em um vexame nacional.

Em 2020, na ocasião da renúncia do ex-ministro Sérgio Moro e das primeiras críticas contra Bolsonaro no tocante à gestão da pandemia no Brasil, o MBL também tentou fazer um “levante” contra o governo através de manifestações veladas, tímidas, não por acaso, porque os ‘menudos’ da política perceberam que não teriam força suficiente para isso.

Agora em 2021, com o aumento da pressão sobre o governo conforme se aproxima 2022, e com o surgimento da CPI da Pandemia e suas 1001 narrativas, os garotos do MBL parecem acreditar que vão conseguir arregimentar multidões contra o presidente, assim como fizeram em 2014, 2015 e 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

Entretanto, o Brasil real dá sinais contrários ao que os meninos do MBL imaginam. Isso, porque, a grande massa eleitoral do país é composta por trabalhadores, muitos dos quais informais, gente que foi drasticamente prejudicada pela politização da pandemia promovida não pelo governo, mas pela oposição, apoiando medidas restritivas e censurando informações sobre tratamentos.

Essa mesma massa que foi às ruas contra o PT e em apoio à Lava Jato, agora enxerga com mais clareza os reais interesses dos que foram eleitos na sombra de Bolsonaro em 2018, surfando na chamada “onda conservadora”, mas que desde 2019 vieram dando sinais de que, na verdade, pendem muito mais para a esquerda do que para a direita.

Diferentemente do que os meninos do MBL podem imaginar, eles não foram os responsáveis por levar o povo às ruas no passado. A própria população fez o seu dever de casa, de modo que eles tiveram o apoio da grande massa apenas porque pareciam ser iguais ao povo, e não o contrário.

Foi o povo que levantou o MBL enquanto este lhe serviu, e isto fez parecer na cabeça dos meninos que eles tinham o “poder” de arregimentar multidões. No entanto, 2020 provou que isso não é verdade, caso contrário o governo Bolsonaro já teria caído na ocasião da renúncia de Sérgio Moro, o grande ícone da Lava Jato.

No momento em que o MBL passou a servir aos próprios ideais, se desconectando dos valores conservadores que realmente foram responsáveis por eleger Jair Messias Bolsonaro, o grupo passou a caminhar “sozinho” ou, no máximo, com pares como o Vem Pra Rua. Virou apenas uma sigla outrora do povo, mas agora negativamente politizada. O movimento se tornou artificial, comercial e descaracterizado da aparência de gente.

É por isso que a manifestação marcada para o dia 12 de setembro tem tudo para fracassar. Será um ato de “isentões” em um contexto onde o país não admite mais quem não assume posições contundentes em defesa dos seus ideais. E sendo assim, esse grupo será numericamente muito menor do que o que o MBL conseguiu representar no passado.

Se a nossa previsão se confirmar, e acreditamos nisso, politicamente será o fim do MBL, pois o movimento ficará desmoralizado diante de uma grande aposta fracassada. Tudo o que restará e será explorado ao máximo será o apoio da grande mídia oposicionista, a qual sem dúvida estará a postos para criar manchetes infladas sobre cada vírgula da manifestação.

Duvida? Aguarde e verá.