Um documentário que estreia nessa quarta-feira sobre a vida do papa Francisco, mostra que o pontífice defende “lei de união civil” para homossexuais, visto que eles precisam estar em “família” e que são, também, “filhos de Deus”.

“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz Francisco no documentário chamado “Francesco”, segundo o G1.

“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, ressalta o líder da Igreja Católica Romana. A defesa de Francisco, contudo, não diz respeito ao casamento gay.

Isso porque a Igreja Católica enxerga o casamento como um dos sacramentos cristãos, possível apenas entre um homem e uma mulher, conforme fala do próprio Francisco já dita em 2014.

Ao defender uma lei de união civil, o pontífice está defendendo direitos civis advindos da união estável, como a partilha de bens e aquisição de herança, entre outros direitos que também estão associados ao casamento tradicional, reconhecido religiosamente.

Basicamente, a união civil diz respeito ao reconhecimento da relação pelo Estado, enquanto o casamento diz respeito à Igreja. Francisco defende a primeira opção e não a segunda.

Ainda assim, como líder religioso, a fala do Papa não deixa de ser alvo de críticas, visto que como representante do cristianismo, o mesmo parece deixar de adotar uma postura voltada exclusivamente para a visão cristã, onde a prática homossexual é pecado, para adotar ideias seculares.