A polícia está investigando uma política cristã na Finlândia, por um suposto “crime de ódio”, porque ela compartilhou um versículo da Bíblia no Facebook para criticar uma igreja nacional que participou das festividades da Marcha LGBT.

No post, a congressista Päivi Räsänen, do partido democrata-cristão, criticou a Igreja Luterana Evangélica da Finlândia por participar dos eventos da Marcha LGBT de Helsinque, em junho passado. Suas críticas foram acompanhadas de uma foto da passagem bíblica de Romanos 1: 24-27, que descreve os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo como um pecado contra Deus.

Seu post fez de Räsänen objeto de uma investigação preliminar da Polícia Finlandesa por suspeita de incitação contra minorias sexuais e de gênero.

“As investigações ainda não foram concluídas. A polícia fornecerá mais detalhes assim que as investigações forem concluídas ou apresentadas a um promotor para a consideração de acusações”, disse ao Helsinki Times o oficial do Departamento de Polícia de Helsinque, responsável pela investigação .

Räsänen, que é casada com um pastor da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia (ELCF), foi criticada por seu post de junho no Facebook: “Como o fundamento doutrinário da igreja, a Bíblia, é compatível com a promoção da vergonha e pecado como motivo de orgulho? #LGBT # HelsinkiPride2019”, postou ela.

A grande maioria, 69% dos finlandeses é membro da Igreja Luterana, que teve um declínio constante nos últimos anos, de acordo com o Evangelical Focus, possivelmente devido ao crescimento do relativismo moral.

Em meados de agosto, Räsänen também twittou: “Não estou preocupada com a minha parte, pois acredito que isso [acusação] não passará para a promotoria. No entanto, estou preocupada se a citação da Bíblia é considerada algo até mesmo ilegal. Espero que isso não leve à autocensura entre os cristãos. ROM. 1: 24-27″.

O partido minoritário de Räsänen ocupa cinco vagas no Parlamento finlandês de 200 cadeiras. Ela é conhecida por defender as visões cristãs tradicionais sobre aborto e casamento, mas depois de ser chamada de “homofóbica”, ela twittou: “Não é certo rotular a convicção cristã como fobia”.