O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu um inquérito civil para investigar um padre, que teria adotado uma conduta de “LGBTfobia” durante uma missa, no Recife. Segundo o texto da ação, o religioso teria classificado como “ativismo judicial” a criminalização dos casos de violência contra a comunidade LGBT, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho deste ano.

No texto publicado no site do MPPE, nesta terça-feira (15), o promotor Maxwell Anderson de Lucena Vignoli, da 7ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania do Recife, aponta que o inquérito tem como objetivo apurar as circunstâncias “de possíveis violações dos direitos da população LGBT”.

Segundo a promotoria, o alvo da investigação é o padre Rodrigo Alves de Oliveira Arruda, vigário na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no bairro da Várzea, na Zona Oeste da capital. O MPPE informou, ainda, que a notificação foi feita por ativistas do grupo LGBT Leões do Norte.

Na denúncia feita ao Ministério Público, a ONG afirma que, durante missa realizada no fim de junho deste ano, o religioso pediu que fiéis participassem de abaixo-assinado contrário à criminalização da LGBTfobia. Ele também teria se referido à Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) número 26 como “ativismo judicial”.

O padre teria classificado a medida como “mordaça, pois a sociedade não poderá ter a expressão de teor religioso contrário ao que essas pessoas pensam”, ainda de acordo com a denúncia feita ao MPPE.

O promotor determinou a notificação do padre Rodrigo Alves de Oliveira Arruda, da Arquidiocese de Olinda e Recife e do movimento Leões do Norte. Todos, segundo a promotoria, devem prestar esclarecimentos.

Comentário:

Os fatos falam por si mesmos e são espantosos! O que a ONG Leões do Norte fez com tal “denúncia” foi justamente comprovar que o padre Rodrigo Alves está certo ao criticar a decisão do STF em tipificar a “homofobia” como crime.

Note que o padre está sendo vítima de uma acusação que tem como fundamento a decisão do próprio STF, uma vez que é acusado de “LGBTfobia”, e isto por uma fala proferida em seu espaço religioso, para sua congregação. O que é isto, senão uma prova cristalina de criminalização da opinião, da fé e consciência?

Os ativistas LGBTs, tão irracionais neste caso, servem eles mesmos de exemplo acerca do que o padre Rodrigo alertou durante a missa. Estão tentando calar a voz do clérigo usando a força da ditadura LGBT por meio de algo que mal está tipificado em lei.

Cabe ao Ministério Público agir com um mínimo de razoabilidade, fazendo uso da Constituição Federal, para excluir de vez tal acusação e dar pleno direito ao padre de expressar a sua opinião como bem entender, não importando se o teor da crítica é religioso, político ou judicial.