A decisão do presidente da República de sair ao encontro de manifestantes que lhe apoiam pelas ruas de Brasília está incomodando não só parte da imprensa, mas também dos adversários políticos de Bolsonaro, como o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Witzel usou suas redes sociais para atacar o presidente, aparentemente, pelo fato do mesmo “participar” da última carreata que houve em Brasília no domingo (03), na Esplanada dos Ministérios.

“Faremos dois meses gerenciando crises na Saúde e o ponto básico de atenção no mundo inteiro é manter o isolamento social. E o presidente segue em caminho contrário, mandando as pessoas para o corredor da morte. Até quando o presidente vai tratar o Covid-19 como um resfriadinho?”, escreveu Witzel.

Em outra publicação, o governador do Rio de Janeiro criticou o suposto “silêncio” de Bolsonaro diante das agressões sofridas por jornalistas do Estado de S. Paulo. Em um episódio isolado, alguns manifestantes expulsaram os profissionais da manifestação de forma violenta, gerando ainda mais críticas da oposição.

“O presidente diz pregar a democracia e fica em silêncio diante das agressões sofridas por profissionais do jornal @estadao na manifestação da qual participou. Alimentar o caos é o  único plano de governo do presidente”, afirmou o governador.

Bolsonaro condena agressões

Na na manhã desta segunda-feira (04), o presidente Jair Bolsonaro condenou a utilização da violência de qualquer espécie durante manifestações de apoio ao seu governo. “Recriminamos qualquer agressão”, declarou o presidente.

Bolsonaro destacou que episódios isolados de agressão não representam a totalidade dos seus apoiadores, muito embora a maior parte da mídia tente transmitir essa impressão através dos seus noticiários, especialmente no tocante à ideia de atos anti-democráticos.

Para o presidente, por outro lado, a ato de apoio ao seu governo em Brasília foi apenas uma “manifestação espontânea da democracia”.