Com a ida de Guilherme Boulos (PSOL) para o segundo turno eleitoral pela disputa da Prefeitura de São Paulo, críticos do psolista estão reagindo à possibilidade da cidade economicamente mais importante do Brasil ter um representante da extrema-esquerda no seu governo.

Com isso, falas de Boulos sobre temas polêmicos, porém de extrema importância, já começaram a ser resgatadas, como a vez em que ele comentou sobre a crise humanitária e política na Venezuela durante uma entrevista para a rádio Jovem Pan em 2018, ocasião em que disputava a presidência da República.

Na ocasião, Boulos utilizou o argumento que é ecoado pela esquerda na tentativa de ignorar às atrocidades humanitárias do regime ditatorial de Nicolás Maduro, já reconhecidas pela ONU em um relatório de 443 páginas este ano, procurando atribuir a crise no país a fatores externos.

“Cerca de 97% das exportações da Venezuela são petróleo. É uma economia altamente dependente do petróleo e houve erro na política econômica de não ter diversificado suas matrizes. Quando o barril custava US$ 110,00, era uma coisa. Mas quando o barril caiu para US$ 40,00, evidentemente que entrou em colapso. Isso gerou variação cambial e inflação e o pais fica numa situação econômica brutal”, argumentou.

Apesar de reconhecer a crise humanitária venezuelana, Boulos negou que o país esteja sob um regime ditatorial, assim como negou também essa realidade mundialmente conhecida em Cuba. Para o esquerdista, governo “ilegítimo” seria o de Bolsonaro.

“A Venezuela não é ditadura. Cuba não é ditadura. O governo Maduro foi eleito ao contrário do Brasil que tem um governo ilegítimo”, afirmou. Assista no vídeo abaixo: