Bastou sair o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços) do Brasil, no ano de 2019, para a oposição se manifestar contra o governo Bolsonaro, acusando a sua equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, de estar no caminho errado. Mas, será?

No centro das críticas está o valor de 1,14% de PIB em 2019, o que significa crescimento, e não retração. O valor é pequeno? Sim, é, mas quando analisado dentro de um contexto econômico amplo, comparado aos governos anteriores, por exemplo, o cenário muda completamente de figura.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Economia, o PIB recuou em termos reais 1,2% no período dos governos Dilma II e Temer, ou seja, entre 2015 e 2018, e nos últimos 24 anos, portanto, seis quadriênios presidenciais (FHC I, FHC II, Lula I, Lula II, Dilma I e Dilma II / Temer), a taxa média real de crescimento do PIB foi de apenas 2,3% ao ano.

Estamos falando de 24 anos (seis quadriênios) em que a taxa média do PIB fica em apenas 2,3%. Considerando que já no primeiro ano do governo Bolsonaro a taxa de crescimento foi de 1,14%, é mais do que coerente afirmar que a expectativa para os próximos três anos é de superação dessa média.

Dilma: o pior PIB em 127 anos

Em seu primeiro mandato, de 2011 a 2014, o governo Dilma Rousseff teve uma média de crescimento de apenas 2,2%. Note que ela já havia herdado o país do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a média de 3,49% no primeiro mandato e 4,56% no segundo, taxas que refletiram a estabilização da Economia brasileira graças ao Plano Real.

Do final da era Lula até a posse de Dilma e final do seu governo, o PIB brasileiro apenas diminuiu. Até o impeachment da ex-presidente petista, a taxa média de crescimento do país foi de míseros 0,2%, o terceiro pior desempenho econômico entre os 30 mandatos da história republicana, segundo um estudo publicado pelo professor Reinaldo Gonçalves, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), informou a Veja.

O estudo revelou que a taxa média de crescimento do PIB durante a presidência de Dilma foi de 0,2% – 0,3% no primeiro mandato e 0,1% entre 2015, destacou a Infomoney. Isto significa que a ex-presidente teve o 3º pior PIB em 127 anos na história econômica do país.

Primeiro ano: 1,14%

Diante dos dados acima, portanto, não é exagero afirmar que o governo do presidente Jair Bolsonaro iniciou 2019 de forma positiva ao apresentar uma taxa de 1,14% de crescimento em um ano de ajustes iniciais na “casa”, sem contar com a força da oposição contra suas políticas no Congresso Nacional.

Vale destacar ainda que em vez de herdar um país estável, Paulo Guedes, ministro da Economia, encontrou um Brasil mergulhado em uma das suas priores crises históricas, com déficits bilionários, por exemplo, como o da Previdência, além dos escândalos de corrupção que mancharam a imagem do país entre os investidores internacionais. 

Finalmente, a expectativa é que nos próximos três anos, com a casa mais arrumada e reformas vitais já realizadas, os resultados sejam ainda melhores, e é isso o que maioria dos indicadores econômicos apontam. O resto é especulação e oposicionismo barato.