Durante décadas, a política no Brasil se viu mergulhada em um tipo de disputa que, para o povo brasileiro, pouco serviu. Fazer o básico na administração pública não é cumprir a obrigação de transformar o país numa nação próspera, autosuficiente e voltada para a sua população. É servir ao próprio umbigo e cuspir na cara do cidadão!

Mas foi isso o que sempre ocorreu, pois nunca houve no Brasil outro tipo de disputa, senão a dos projetos pessoais de poder. Os muitos partidos políticos serviam, primeiramente, aos interesses dos seu caciques e à maioria dos filiados, não ao povo. Nos acostumamos a encarar isso como “política”, quando na verdade o que sempre ocorreu foi um jogo de poder com revezamento 4×4.

Essa realidade começou a mudar a partir de 2014 e alcançou o seu ápice em nível nacional em 2018, com a eleição do atual presidente Jair Bolsonaro. A política, finalmente, pelo menos na esfera federal, passou a tratar a administração pública como algo a serviço do Brasil, do seu povo, e não em função dos partidos e seus acordões.

O Ministério da Infraestrutura é só um dos muitos exemplos que sintetizam essa mudança radical de paradigmas. Sob a chancela do presidente Bolsonaro, o ministro Tarcísio de Freitas já fez pelo país, em menos de 3 anos, o que governos anteriores não fizeram em décadas. É isso o que acontece quando se trabalha pelo povo e não por questões pessoais, pois isso faz com que os interesses nacionais se sobreponham ao jogo de poder.

A política adoece quem não foca em princípios

Para nós, conservadores, um pacto pelo Brasil significa colocar em prática o nosso próprio modo de vida, o que significa focar em princípios sólidos de conduta e pensamento embasados na tradição cristã. Neste sentido, interesses pessoais são postos de lado, por exemplo, quando o destino do Brasil está em jogo, porque faz parte do viés conservador a preservação do seu povo antes de qualquer coisa.

Somente os que levam a política a sério sob à perspectiva do conservadorismo é capaz de colocar o Brasil acima das picuinhas alheias aos interesses nacionais, porque é justamente isso o que nos diferencia de quem faz política por ambição de poder e não por princípios cristãos.

Não é por acaso que Satanás foi derrotado pelo ego. A inveja e o desejo de ser o que não é lhe corroeu ao ponto de se voltar contra o Senhor soberano, o seu próprio Criador! O resultado foi o banimento da presença de Deus e a condenação eterna ao inferno. Esse foi o preço da sua ambição, da sua vaidade e orgulho doentios.

No plano terreno não é diferente, e isso também se reflete na política, já que ela é feita por seres humanos, pecadores, muitos dos quais distantes dos verdadeiros princípios cristãos, entre os quais a humildade se destaca como uma característica indissociável da ética cristã. Quem não compreende e não vivencia isso não reflete a glória de Jesus, mas a baixeza do próprio Satanás. Tal pessoa precisa de arrependimento e mudança.

Um pacto pelo Brasil

Deixando nossas ambições de lado, se quisermos continuar mantendo o atual modelo político de gestão voltado para o povo, como vem fazendo o governo Bolsonaro, precisamos fazer um pacto pelo Brasil. Aqui é o momento de trazer à tona tudo o que aprendemos com nossas próprias histórias.

Desde 2011, quando passei a ser perseguida pelo ativismo LGBT por me levantar contra o “kit gay”, contra a ideologia de gênero e a descriminalização do uso de drogas no Brasil, aprendi que ser conservador também é ter constância, equilíbrio! É ser alguém capaz de fazer pactos, antes de tudo consigo mesmo(a), para só então ter alguma autoridade para fazer promessas ao povo.

Um dos pactos que fiz comigo mesma, por exemplo, foi o de respeitar o princípio de autoridade. Não só a Bíblia ensina isso, como a própria ética humana. Quem não respeita autoridades, mas em vez disso se porta como fonte de instabilidade onde quer que esteja, não sendo agente de paz e segurança, mas sim de conflitos e divisões, não possui condições de ser referência positiva para esta geração.

O pacto pelo Brasil que eu e outros defendemos exige respeito ao princípio de autoridade, pois só assim conseguiremos avançar em unidade. É por isso que ambições pessoais de poder não têm mais espaço nesse novo modelo de fazer política, pois tudo é em função de algo maior, que é a preservação do país enquanto Estado Democrático de Direito.

Que todos nós, portanto, possamos trazer das nossas histórias os bons aprendizados, a fim de nos unir em um só propósito, somando forças. E que os eventuais conflitos, inevitavelmente existentes, sejam tratados de forma ética, construtiva, em tom de colaboração e não de divisão, pois é disso que o Brasil precisa; de um pacto pela nação e não por nossos egos.