O presidente Jair Bolsonaro está enfrentando enorme pressão por causa das suas críticas em relação ao modo como alguns governadores vêm lidando com a pandemia do novo coronavírus. Defendendo maior abertura do isolamento social, o presidente está enfrentando críticas de parte da imprensa e da oposição.

Ao lado dos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Bolsonaro publicou uma foto onde destaca a importância do patriotismo nos momentos críticos, afirmando que “é na adversidade que conhecemos os verdadeiros patriotas”.

No domingo, Bolsonaro deu a  entender para apoiadores no Alvorada que estaria incomodado com o comportamento de alguns ministros. “Algumas pessoas do meu governo, subiu à cabeça deles, estão se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações”, afirmou o presidente.

“Mas a hora deles não chegou ainda não, vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor, e ela será usada para o bem do Brasi, não é para meu bem. Nada pessoal meu”, completou o presidente.

A posição de Bolsonaro é vista como um indicativo de demissão do atual ministro da Saúde, Henrique Mandetta. O jornal O Globo chegou à noticiar que a decisão pela saída do ministro foi tomada pelo presidente. 

“O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir ainda nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à crise do novo coronavírus. O ato oficial de exoneração de Mandetta está sendo preparado nesta tarde no Palácio do Planalto”, afirmou a reportagem.

Horas depois, contudo, a informação foi negada pela revista Veja. Segundo o editorial, Bolsonaro teria sido aconselhado por militares próximos a ele que mantivesse o ministro no cargo, ao menos por enquanto. Um dos cotados para assumir o posto de Mandetta, caso o mesmo saia, é o deputado federal e médico Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania.