O vídeo da reunião entre o presidente Jair Bolosonaro, o ex-ministro Sérgio Moro e outras autoridades de Estado continua dando o que falar também nos bastidores do Supremo Tribunal Federal, segundo informações da emissora de TV CNN Brasil.

Ministros que já teriam visto a gravação comentaram o conteúdo do material, dizendo que pelo teor das conversas ele nem deveria ter sido gravado. “É como gravar uma ida ao bordel”, disse um deles ao canal.

No contexto, um dos magistrados teria feito a seguinte observação: “Para gente que cuida de segurança, uma reunião como essa não caberia nem ser gravada, para o registro de palavrões? Condutas? É como gravar uma ida ao bordel”.

Segundo a CNN, o ministro que não teve o nome revelado teria dito que a situação do presidente Bolsonaro seria “complicadíssima”, mas a declaração deu a entender que ele se referiu ao quesito moral ou, no máximo, político, e não judicial.

Isso porque existe a informação de que foram feitos xingamentos durante a reunião, tanto contra a China, principal parceira comercial do Brasil, como aos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal.

“Isso só mostra a personalidade suicida do presidente. É uma situação complicadíssima”, afirmou um ministro.

Meros xingamentos, contudo, passam distantes do objetivo principal na obtenção do vídeo, que é saber se ele prova ou não uma suposta tentativa do presidente Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. Sem ele elemento central, o vídeo perde completamente o seu propósito e a sua divulgação não passaria de puro ato de fofoca.