A ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, se manifestou após o jornal Folha de S. Paulo publicar uma matéria fake news, acusando o governo Bolsonaro de desmontar “ação de combate ao abuso de crianças”.

A manchete da Folha afirma categoricamente, e de forma genérica, que o “Governo Bolsonaro desmonta ação de combate ao abuso de crianças”. Para Damares, se trata de uma mentira passível de ação judicial.

Ao compartilhar a manchete, a ministra escreveu em uma série de twitters: “Amigos, a guerra contra o crime organizado que sustenta a pedofilia não é fácil. Vão inventar todo tipo de mentira possível para nos desacreditar”.

“Avisamos que não seria fácil nossa luta. Vejam que tudo o que temos feito é trabalhar para melhorar o atendimento. Antes, quem quisesse denunciar ficava até 50 minutos ao telefone. Hoje, é atendido em menos de um minuto. E pode realizar essa denúncia instantaneamente no app, site ou Telegram”, destacou a ministra.

A explicação de Damares se deu em face da matéria da Folha insinuar que o suposto desmonte do combate ao abuso infantil teria ocorrido pela falta de informação sobre os encaminhamentos de mais de 86 mil denúncias.

“A questão é que não se sabe que encaminhamento foi dado às denúncias recebidas –nem mesmo se alguma providência foi tomada”, alega o jornal.

A própria Folha publicou outra matéria tentando justificar a sua fake news, fazendo parecer que a mera falta de informações – segundo o jornal – sobre o encaminhamento das denúncias seria suficiente para dizer que o governo “desmonta ação de combate ao abuso de crianças.”

O título da manchete em questão, no entanto, não deixa dúvida quanto ao caráter amplo da afirmação e o entendimento que ele transmite, ou seja: de que o governo Bolsonaro acabou com o trabalho de combate ao abuso infantil!

Ora, há uma diferença abismal entre dizer que faltam informações sobre determinado trabalho e que há um desmonte de “ação de combate ao abuso de crianças”, ou seja, o fim desse trabalho. Portanto, não resta outra definição sobre a manchete da Folha, senão a de uma notícia falsa – fake news.

Com base nisso, Damares ameaçou tomar ações judiciais contra o jornal. “Não nos silenciaremos. Nossa resposta virá pela Justiça. Terão que reparar o dano causado à credibilidade deste que, muitas vezes, é o único refúgio das vítimas de violência”, concluiu.