Eduardo Jorge se tornou nacionalmente conhecido ao participar das eleições presidenciais de 2014, ocasião em que o então candidato Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), morreu em um acidente aéreo no dia 13 de agosto, enquanto fazia campanha eleitoral nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Na época, Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), foi reeleita com mais de 54 milhões de votos. A candidata petista venceu o segundo turno com 51,64% dos votos válidos, fazendo com que esta seja considerada a eleição mais acirrada e polêmica no Brasil após a redemocratização.

Esta semana Eduardo Jorge repercutiu novamente nas mídias sociais, após ele dar uma resposta desconsertante para uma internauta, chamada Isabela Portinari. Ela escreveu no Twitter: “Acho que to (sic) pegando o ônibus junto com @EduardoJorge indo pra manifestação”, referindo-se às manifestações grevistas organizadas por sindicatos e partidos de oposição, contra às reformas propostas pelo governo Bolsonaro, como a da Previdência.

Eduardo Jorge, no entanto, ao tomar conhecimento do comentário da internauta, respondeu: “Estou indo na direção oposta…”. Em seguida ele explicou: Leia postagens no meu Facebook EduardoJorgeOficial de 2019, 2019, 2017… 2014 etc e vai entender porquê acho a reforma da previdência necessária e porquê já deveria ter sido feita em 1992″.

Esse não é o único posicionamento sensato de Eduardo Jorge em relação ao governo. Em outra ocasião ele afirmou em seu Twitter que o Brasil está “cansado deste ódio estéril Bolsonaro/Lula. Brasil precisa de reformas econômicas, sociais”. Sobre a reforma administrativa que, entre outras coisas, também propõe a redução do número de ministérios, ele também afirmou em sua conta no Facebook:

“Congresso funcionando vota de forma racional e sensata aprovando a MP 870, menos ministérios. Derrota para a polarização extremada, tudo ou nada. Os nossos deputados pv votaram sim, coerentes com a defesa de tese semelhante que apresentamos na campanha PV 2014 no prograna ‘Viver bem viver verde’, item 3 ‘Mais Brasil e menos Brasília'”.

Nas redes sociais, muitos internautas brincaram com o ex-candidato, elogiando a sua postura ao chamá-lo de “esquerda raiz”, em outras palavras, destacando sua capacidade de autocrítica diante do cenário político atual, sem o radicalismo de alguns opositores que em nome do “poder pelo poder” desprezam qualquer reforma necessária.

Eduardo Jorge também considera a crise na Venezuela consequência da “ditadura” de impetrada por Nicolás Maduro, diferentemente da maioria da esquerda política, que enxerga o caos venezuelano como resultado dos embargos econômicos internacionais, especialmente dos Estados Unidos. Em fevereiro desse ano, o ex-candidato comentou:

“Militares da ditadura venezuelana matam e ferem indígenas na fronteira com Brasil no estado de Roraima. Abaixo a ditadura”.