Por 8 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (15) manter a anulação dos processos condenatórios envolvendo o ex-presidente Lula da Silva, decidida pelo ministro Edson Fachin anteriormente. Dessa forma, o líder petista poderá ficar elegível para disputar a presidência da República em 2022.

Para o jornalista e escritor Guilherme Fiuza, a decisão do STF foi um ataque ao direito brasileiro, de modo que serviu apenas para instituir um “vale-tudo” no Brasil neste sentido, dado à gravidade do precedente jurídico aberto pelos magistrados.

“O STF está perpetrando um ataque contra o direito e a legalidade, flagrantemente, na cara de todo mundo”, disparou o colunista da Revista Oeste, durante o programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan.

O jornalista ressaltou que o próprio STF decidiu pela validade da Lava Jato nos anos anteriores, de modo que a decisão atual parece mais uma “coreografia” ensaiada, a fim de favorecer Lula.

“Os ministros estão fazendo uma coreografia; transformando o direito em literatura e retórica barroca — e isso é muito sério”, afirmou. “Quando você atropela o direito dessa forma, para inocentar o chefe do maior assalto do país, está decretando um ‘vale-tudo’ no país”, concluiu Fiuza.