O humorista Fábio Porchat foi um dos 30 convidados para a missa de 7° Dia do ator e também humorista Paulo Gustavo, morto no dia 04 em decorrência de complicações após a contaminação com o novo coronavírus. Todavia, um detalhe chamou atenção: uma máscara de “fora Bolsonaro” usada pelo apresentador.

O uso de uma máscara de protesto contra o presidente da República em plena celebração religiosa fúnebre certamente pode ser visto como algo “corajoso” por parte da bolha da qual Porchat pertence, mas a verdade é que isto indica o nível de oportunismo ideológico que figuras como ele fazem uso em nome de uma causa umbilical.

Quando nem mesmo a mãe de Paulo Gustavo teve a iniciativa de se manifestar em tom político, culpando diretamente figuras “A” ou “B” pela morte do filho, mesmo tendo a oportunidade de fazer isso em rede nacional durante entrevista ao programa Fantástico, da Globo, o fato de alguém de fora da família ousar participar de uma missa com uma mensagem dessa natureza constitui um desrespeito para com o falecido.

Não é preciso ser explícito para deixar a entender que a intenção de usar uma máscara “fora Bolsonaro” em plena missa de 7° Dia na morte de alguém vítima do Covid-19 é culpabilizar o presidente da República. Ao fazer isso, Porchat ultrapassa o limite da ética e do bom senso transformando a cerimônia fúnebre em palanque político.

Se esta é a moral que figuras como Porchat defendem, não havendo limites entre a dor da morte e causas partidárias, tudo se torna válido em nome de uma visão qualquer, até mesmo ser imbecil num momento onde tudo o que os entes-queridos querem é simplesmente chorar a partida de quem se foi tão prematuramente.