A cantora Anitta fez neste sábado a sua apresentação “musical” na final da Libertadores da América, realizada em Montevidéu, no Uruguai. Palmeiras e Flamengo entrara em campo para disputar a taça, mas antes disso uma coisa chamou a atenção de parte do público, que foi a performance da funkeira no palco.

Para o jornalista Bruno Giovanni, por exemplo, diretor da TV Assembleia do Rio Grande do Norte, apresentador do programa Meio-Dia RN na rádio 96FM e do Cara a Cara com BG, a apresentação de Anitta não foi de música, mas sim de “erotismo”.

“Que merda Anita na abertura da Libertadores. Música de verdade que é bom, ZERO. Show de erotismo. Ridículo”, disparou o jornalista em sua rede social. Anitta, por sua vez, subiu ao palco da Libertadores com dançarinas usando roupas sensuais. Conforme a música tocava, elas dançavam simulando posições eróticas.

De fato, houve um tempo em que determinados gêneros musicais, incluindo a performance dos cantores e seus acompanhantes, eram tocados apenas em certos ambientes. Casas noturnas, por exemplo, os populares “cabarés” ou “puteiros”, como alguns chamam, tinham seus próprios repertórios.

Atualmente essa distinção parece não existir. O erotismo tomou conta das músicas populares de tal forma, que a própria música deixou de ser a principal atração, perdendo lugar para a “bunda” das cantoras, no caso das mulheres, ou mesmo das expressões vulgares e insinuações sexuais por parte dos homens.

No mundo “artístico” da música atual não é preciso ter talento musical, ironicamente. Possuir uma bela voz, fazer boas composições ou tocar bem um instrumento a ponto de se destacar por essas qualidades, se tornaram coisas secundárias diante da exploração erótica do corpo.

O que se apresenta não é mais a música, como bem observou Giovanni, mas sim o erotismo, algo que se fosse em épocas passadas estaria muito em enquadrado dentro de um cabaré, e não numa final da Libertadores. Assista a apresentação de Anitta, abaixo: