O debate sobre a ideologia de gênero rendeu e ainda vem causando inúmeros conflitos, em sua maioria pelo fato de muitos não aceitarem conceitos básicos largamente consolidados pela ciência, como a natureza sexual distinta do homem e da mulher, ou seja, macho e fêmea.

Nesse contexto, a pandemia do novo coronavírus parece estar servindo para reforçar o que muitos críticos do ativismo LGBT – defensores em sua maioria de que a sexualidade humana não se define pelo sexo, mas pela forma como alguém “se sente” e se “autopercebe” – dizem sobre a ideologia de gênero.

Ou seja, que é a ciência quem define o que é a sexualidade humana e não opiniões, ou o “eu acho”. A biologia, neste caso, ramo científico que estuda a biodiversidade, é a voz suprema no quesito autoridade sobre assuntos pertinentes à natureza sexual humana.

Se ela diz que só existem os sexos macho e fêmea, e que ambos já se definem durante a gestação, por exemplo, com suas respectivas diferenças anatômicas, químicas e estruturais, automaticamente a ideia de que é possível “mudar de sexo” durante a vida não passa de mera falácia.

Dois pesos, uma medida?

Se reconhecemos a necessidade de apelar para os critérios científicos a fim de que possamos combater de forma eficaz o coronavírus, por qual motivo não admitimos o mesmo rigor de pensamento quando o assunto é a sexualidade humana? Onde está a coerência?

A vida humana, em todo caso, está em risco. Entender os reais conflitos da sexualidade, para que possam ser tratados de maneira correta, é tão imperioso quanto reconhecer os riscos do coronavírus e exigir o isolamento social para contê-lo. A diferença está na forma como os possíveis efeitos colaterais em ambos os casos se apresentam, se tratados de forma errada.

Precisamos resgatar de forma urgente o pensamento científico em nossas universidades e escolas, em todos os aspectos. A luta contra o coronavírus nos dá a oportunidade de pensar o quanto o rigor da ciência, seus métodos de análise e abordagens são cruciais para a manutenção da vida de forma saudável, o que não é diferente quando o assunto é a sexualidade.