Tenho visto algumas pessoas criticando o presidente Jair Bolsonaro, lhe acusando de ter abandonado a batalha cultural, a qual envolve pautas como a ideologia de gênero, doutrinação nas escolas, aborto e outros temas morais e de costumes muito debatidos durante a campanha de 2018.

Infelizmente, muitos não parecem enxergar o cenário corretamente, e por quererem soluções imediatas para problemas muito complexos – o que não existe – acabam colocando a culpa justamente no presidente. Mas, será que é justo?

Em primeiro lugar, o que precisamos entender é que do ponto de vista administrativo, Bolsonaro só teve praticamente o ano de 2019 para lidar com essas questões. 2020 foi o ano em que surgiu a pandemia, e isso tomou conta de quase toda a demanda do governo, em todas às áreas.

Enquanto alguns ficavam falando em agenda cultural, Bolsonaro estava sendo atacado 24h do dia por pessoas que estavam usando a pandemia para tentar lhe derrubar, e esses ataques vieram de todos os lados, não apenas do Congresso.

Você acha que o governo, no meio de um tiroteio de canhões, iria ter condições de propor e focar energia em qualquer pauta que não fosse a sua sobrevivência, o que significa a sua condição de continuar no poder? Ou será que devemos ser inocentes a ponto de achar que alguma demanda cultural teria vez na Câmara ou no Senado no meio de uma pandemia?

Em 2019, como vimos, o Brasil estava melhorando em tudo! Estava tão bem que se não houvesse pandemia em 2020, nós jamais estaríamos numa crise econômica, mas sim voando economicamente, como esperamos que seja no próximo ano.

O primeiro ano de Bolsonaro, portanto, serviu para ajustar o básico, dar os primeiros toques no país. Ou seja, arrumar a casa no simples para poder tocar depois o complexo. Mas aí veio a pandemia, e tudo mudou. Para a oposição, esse “azar” do presidente foi a chance para sabotar o crescimento do Brasil, visando 2022.

Lado a tudo isso, vimos crescer o ativismo judicial como nunca antes na história. Praticamente tudo que o governo decidiu em contrário à oposição, foi judicializado. Ou seja, é como se Bolsonaro estivesse governando até hoje com uma das mãos amarradas.

Por outro lado, o que você tem feito para ajudar o presidente nessa batalha cultural? Tem gente que só reclama, mas não tem a coragem nem de compartilhar um texto como esse, porque tem “medinho” da reação dos outros.

Gente que só sabe cobrar, mas nunca se posiciona dentro da própria casa, lado aos parentes “politicamente corretos”, ou em favor dos filhos que passam horas a fio alienados na frente da TV ou do celular, vendo o que não presta.

A batalha cultural é uma realidade, sim, precisamos focar esforços nisso no Congresso. Eu mesma estou comprometida com isso, como sempre estive há 20 anos militando em defesa da família, mesmo fora da política.

Mas, antes de tudo, precisamos ter a consciência de que a batalha cultural começa dentro do nosso lar, fazendo a nossa parte, e isso inclui fazer menos críticas emocionais, impulsivas, que nada colaboram com a nossa causa e só fazem dar argumentos para a esquerda.

A frustração de alguns é resultado direto de análises estratégicas erradas. Bolsonaro tem sido paciente e vem adotando uma postura de equilíbrio para conseguir enfrentar o sistema, que é monstruoso.

O olhar do presidente está no futuro, quando poderá governar com mais segurança, por exemplo, se nós elegermos mais conservadores para a Câmara e o Senado no ano que vem, e quando ele poderá indicar mais ministros para o Supremo Tribunal Federal já no começo de 2023, caso seja reeleito.

Portanto, sejamos politicamente mais maduros e leais ao presidente. Só Deus sabe o que ele já enfrentou até aqui, de cargas emocionais e até uma tentativa de assassinato, para liderar esse país. Em 2022 a luta será ainda maior, pois os inimigos farão de tudo para não deixar o Brasil voltar a crescer. Deus nos ajude!