A Assembleia Geral das Nações Unidas pediu nesta quinta-feira mais uma vez o fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba, aprovando uma resolução apoiada pela maioria dos países integrantes, mas com votos contrários dos próprios americanos, de Israel e do Brasil.

O Brasil votou contra a resolução da Organização das Nações Unidas que condena e pede o fim do embargo norte-americano a Cuba, alterando uma posição diplomática adotada desde 1992, quando a ONU votou pela primeira vez pela condenação ao embargo.

O governo brasileiro apresentou apoio aos EUA nesta votação. Já Colômbia e Ucrânia optaram pela abstenção, enquanto a Moldávia optou por não exercer o direito a voto sobre a resolução, que pede o fim do embargo econômico, comercial e financeiro sobre a ilha.

Comentário:

O voto do Brasil pelo embargo à Cuba afirma diante do mundo que o país mudou radicalmente de perspectiva no governo Bolsonaro, assumindo uma postura claramente anticomunista, mas pró-Estados Unidos e aliados como Israel.

Esse é um posicionamento importante, pois dita os rumos do país na diplomacia internacional, podendo criar novas oportunidades de acordos bilaterais, dessa vez mais alinhados com os ideais economicamente liberais.

A decisão do Brasil também pesa regionalmente. Em um cenário onde a esquerda tenta se reerguer em países como Argentina, Chile e Bolívia, a postura do governo brasileiro impacta diretamente o mercado regional, algo que influencia a economia dos demais países da América do Sul.