A poeira do factoide criado pela rede Globo sobre o caso Marielle contra o presidente Bolsonaro nem baixou ainda, e já foi criado outro celeuma envolvendo a família presidencial, dessa vez contra Eduardo Bolsonaro, após o parlamentar dizer que o governo poderia decretar o AI-5.

Nesta quinta (31), foi publicado no canal do YouTube da jornalista Leda Nagle um vídeo de uma entrevista de Eduardo na qual ele diz que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, a resposta do governo pode ser “via um novo AI-5”, entre outras medidas. 

Ato Institucional 5 (AI-5) foi assinado em 1968, durante regime militar. Com a medida, o presidente da República obteve diversos poderes, como o de cassar direitos políticos, fechar o Congresso Nacional e autorizar o uso das Forças Armadas para controlar qualquer tipo de ameaça ao país.

Se tratou da medida mais rígida de controle civil, sim, mas voltada para o contexto daquela época, algo diferente do que ocorre no Brasil atual, onde apesar das ameaças reais contra o Estado, não há uma situação descontrolada de luta armada envolvendo a população.

Após citar o AI-5, o próprio Eduardo Bolsonaro reconheceu o exagero e pediu desculpas pela citação. No contexto da sua fala (vídeo no final da matéria), aliás, a citação soa mais como um exemplo entre outros, que apesar de não ter sido enfatizada, foi inadequada.

“Talvez tenha sido infeliz em falar ‘AI-5’ porque não existe qualquer possibilidade de retorno do AI-5, mas nesse cenário o governo tem que tomar as rédeas da situação. Não pode simplesmente ficar refém de grupos organizados para promover o terror”, disse Eduardo ao programa Brasil Urgente, da Band, nesta tarde.

“Foi tão simplesmente isso. Mas não existe retorno do AI-5. Finalizando a resposta, a gente vive sob a Constituição de 1988, fui democraticamente eleito, não convém a mim a radicalização”, afirmou o deputado.

Mamãe STF

Como de praxis, a esquerda (verá logo em seguida) não deixou passar a oportunidade de criar uma tempestade sobre a fala de Eduardo. Já existe parlamentar falando em “cassação” do mesmo. É o caso da deputada Sâmia Bombim (PSOL-SP). “Esse criminoso tem que ser cassado”, escreveu ela no Twitter.

Partidos da oposição e da minoria protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF), já no início da noite, uma notícia-crime contra Eduardo Bolsonaro. O documento foi assinado pelas siglas PSol, PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede e pelo bloco da minoria.

Como quem pensa se dirigir a uma mãe, pronta para resolver uma birra contra os filhos protegidos, os partidos pedem no documento que a Corte denuncie o filho do presidente da República, Jair Bolonaro (o “birrento”), e, se condenado, ele seja penalizado por “improbidade administrativa”.

Já virou um escárnio contra a população a forma como a oposição está fazendo… oposição! Não se trata de política, mas de um show de horrores. Palavra por palavra, frases e orações, são constantemente pinceladas dos adversários e transformadas em um escarcéu.

Não parece, para a “oposição”, que vivemos em um Brasil real, ainda com 12,5 milhões de desempregados, números alarmantes de violência, tráfico de drogas, dependência química, abuso sexual e outras tragédias que assolam a vida comunitária.

Em um país continental que neste momento luta para se livrar do maior desastre ambiental em seu litoral, o que vemos a todo vapor é a CPI da “Fake News” e um bando de funcionários do povo acionando a mais alta Corte do país para ter que “julgar” uma menção infeliz já desconstruída por quem a citou.

Na prática, a esquerda em si é um atentado explícito contra a inteligência da população. Só a mãe que não vê!