O regime comunista de Cuba impediu o cubano Alexander Otero Rodríguez, ativista da União Patriótica de Cuba (UNPACU), que reside nos Estados Unidos, de assistir ao funeral da própria mãe em Holguin.

Segundo as informações disponíveis nas redes sociais da organização, Otero Rodríguez chegou ao aeroporto de Holguín, onde as autoridades de imigração o impediram de entrar no país e o forçaram a retornar imediatamente a Miami.

Em um documento publicado no Twitter por José Daniel Ferrer, líder da UNPACU, a Imigração comunica a “ordem de retirada” de Otero Rodríguez, considerando-o uma “pessoa não admissível em território cubano”.

Em um vídeo transmitido por Ferrer na mesma rede social, Otero Rodríguez é ouvido discutindo com um agente que diz: “Você é um ingrato (…) agora não virá mais à Cuba”.

Em outro vídeo, já dentro do avião em que seria expulso, Otero Rodríguez fala com um funcionário e diz que ele foi agredido no rosto e nas costelas, quebrou os óculos e levou o documento de residência nos Estados Unidos.

“Otero estava indo ao funeral de sua mãe… a tirania sempre mostrando seu verdadeiro rosto”, escreveu Ferrer no Twitter. Ele acusou a companhia aérea espanhola Swift Air de permitir a indignação. O ativista expulso prometeu voltar a Cuba de qualquer maneira.

Retaliação

É uma prática habitual do regime retaliar exilados, migrantes e estrangeiros considerados incômodos. O regime comunista impede que eles cheguem aos aeroportos do país e não entrem no território cubano, expulsando-os imediatamente.

Otero Rodríguez foi um dos presos políticos que o governo de Raúl Castro libertou em 2015, a pedido do governo de Barack Obama. Assista o vídeo abaixo: