Um dos assassinos do menino João Hélio foi autorizado pela Justiça do Rio de Janeiro a deixar cadeia nesta quinta-feira (29). Condenado a 39 anos de prisão, Carlos Roberto da Silva ficou dez anos no presídio e, agora, ganhou o direito de cumprir o restante da pena em casa.

Em fevereiro de 2007, Carlos fez parte do bando que assaltou uma família em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio. Mãe e filha conseguiram deixar o carro, mas João Hélio, de apenas 6 anos, ficou preso ao cinto de segurança, do lado de fora do veículo.

A criança foi arrastada por sete quilômetros e morreu. Quatro criminosos foram condenados. Nesta quinta, Carlos Roberto foi solto sem tornozeleira eletrônica. Ele tem cinco dias para se apresentar para que o equipamento seja instalado.

Comentário:

Esse é mais um caso que retrata com perfeição o cenário de impunidade vivenciado no Brasil, fruto de um Código Penal defasado para os dias atuais, onde os piores criminosos são privilegiados com benefícios que não refletem em absolutamente nada o senso de justiça que é necessário para fazer valer a consequência dos seus atos.

Para os familiares do garoto João Hélio, o crime certamente parece ter sido ontem. 13 anos de prisão é pouco demais para alguém condenado a 39. É imoral, repugnante e um incentivo à continuidade do crime. O Brasil precisa mudar!