O novos ataques de parte da mídia contra o coordenador nacional da Lava Jato, Deltan Dallagnol, mais uma vez não surtiram o feito que certamente os promotores dessa campanha anti-Lava Jato gostariam de causar na população.

Acusado de planejar “lucrar” com a realização de palestras e até mesmo abrir uma empresa (que nunca foi aberta) para essa finalidade, Dallagnol teve os seus direitos como cidadão comum, também detentor de uma vida privada, omitidos em função de um factoide, como se o mesmo não pudesse por conta própria ter a iniciativa de empreender para obter outras fontes de renda, além do seu trabalho como servidor público.

Para entender melhor essa questão, leia o artigo: “Factoides do Intercept contra Dallagnol são piores do que novela mexicana“. Pior do que tal investida maliciosa contra Dallagnol é a omissão do fato de que o valor arrecadado com mais duas das suas palestras, cerca de R$ 20 mil cada, programadas para agosto desse ano, vão para instituições de caridade.

“Um cachê será doado para a Associação Cristã de Assistência Social (Acridas) e o outro será usado na compra de sofisticado equipamento para o Hospital Universitário Cajuru”, informou a jornalista Eliane Cantanhêde.

O mesmo já ocorreu com palestras anteriores. Em 2017, por exemplo, Dallagnol havia dito em uma entrevista em janeiro daquele ano que doava “praticamente tudo” que ganhava com suas palestras, e outra parte era destinada para um “fundo” em prol do combate à corrupção:

“Em 2017, após descontado o valor de 10% para despesas pessoais e os tributos, os valores estão sendo destinados a um fundo que será empregado em despesas ou custos decorrentes da atuação de servidores públicos em operações de combate à corrupção, tal como a Operação Lava Jato, para o custeio de iniciativas contra a corrupção e a impunidade, ou ainda para iniciativas que objetivam promover, em geral, a cidadania e a ética”, disse Dallagnol em nota, na época.