O Ministério Público do Distrito Federal entrou mais uma vez com uma ação na Justiça buscando impedir a continuidade das manifestações pró-Bolsonaro em Brasília, organizadas por um grupo conhecido como “Os 300 do Brasil”.

Os atos pró-governo correm há seis finais de semana consecutivos na Capital Federal, através de carreatas e com a presença cada vez maior de populares na Praça dos Três Poderes, onde fica localizado o STF e o Palácio do Planalto.

O MPDF pediu ainda à Polícia Federal para que o grupo “300 do Brasil” seja investigado por possíveis “condutas criminosas”, já que o mesmo foi comparado à uma “milícia armada”, segundo informações do G1.

Entre os organizadores dos 300 do Brasil está a ativista Sara Wintter, que já militou para a esquerda, atuou como feminista, mas hoje se dedica às causas conservadoras e de direita no país. Ela foi um dos alvos da operação deflagrada por Alexandre de Moraes, do STF, na quarta-feira (27), quando 29 endereços de bolsonaristas sofreram busca e apreensão.

A Justiça de Brasília já havia negado o pedido do MPDF para impedir às manifestações pró-Bolsonaro na Capital. Esta é a segunda vez que o órgão entra com a solicitação, incluindo um pedido de investigação contra os manifestantes junto à Polícia Civil.

Democracia fragilizada

Na noite da quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação preocupante em suas redes sociais, afirmando que “algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia”, segundo informações da Tribuna de Brasília.

Aliados do governo alegam que estão sendo perseguidos politicamente, e que recursos judiciais como o impetrado pelo MPDF exemplificam essa tentativa de mordaça que ameaça a democracia no Brasil.