O jornalista Milton Neves usou suas redes sociais para se manifestar, após a deflagração da Operação Placebo, no Rio de Janeiro, onde 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos como parte de uma investigação que apura um suposto esquema de desvio de recursos da Saúde no estado.

Até a residência oficial do governador Wilson Witzel foi alvo dos mandados, uma vez que ele e a primeira-dama, Helena Witzel, se tornaram suspeitos por causa de contratos de mais de R$ 2 bilhões de empresas e organizações sociais, principalmente, ligadas ao empresário Mário Peixoto, preso na Operação Favorito em 14 de maio.

“Político roubando dinheiro público merece prisão perpétua. Político roubando dinheiro público da área da saúde merece cadeira elétrica”, comentou Milton Neves.

O jornalista não fez nenhuma citação direta ao governador carioca, nem a qualquer outra figura, mas o contexto da sua publicação, obviamente, indica ter sido uma referência  à Operação Placebo que além do Rio, também foi realizada em São Paulo, segundo a Polícia Federal.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro também comentou a operação, tecendo elogios à investigação. “Parabéns à Polícia Federal. Fiquei sabendo agora pela mídia. Parabéns à Polícia Federal,”, disse ele na saída do Palácio do Alvorada.

Segundo o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves, responsável pela decisão que deflagrou a Operação Placebo, há “indícios de participação ativa do governador [Witzel] quanto ao conhecimento e ao comando das contratações das empresas […], mesmo sem ter assinado diretamente os documentos”.