Ai Fen foi uma das médicas que tentou denunciar para o mundo o surto de coronavírus em Wuhan, China, mas foi censurada por outras autoridades do seu país.

No início da pandemia, em dezembro, que viria a explodir em janeiro, Ai Fen foi proibida pelos seus superiores de falar sobre o que se estava acontecendo. Agora, segundo informações do jornal Extra, ela está desaparecida. 

O berço da pandemia do século situa-se num território de regime totalitário e as primeiras quatro semanas do surto – as cruciais para conter ou não a epidemia – se transformaram em uma tentativa de esconder a situação nos hospitais daquela província.

Um grupo de médicos, incluindo Ai Fen, tentou fazer com que as informações que circulavam entre eles fossem repassadas para o exterior, mas sem muito sucesso. 

Segundo a investigação levada a cabo pelo programa 60 Minutes, da CNN Austrália, há duas semanas, Ai Fen, diretora de emergência do hospital Wuhan Central, tornou a situação pública na revista chinesa Renwu, dizendo que tinha sido silenciada em dezembro de 2019 após alertar os seus superiores sobre o vírus ainda desconhecido que não parava de se proliferar.

O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, ordenou que a entrevista fosse apagada da Internet e agora o paradeiro de Ai é “desconhecido”. Com informações: CM Jornal.