O governo socialista da Venezuela instalou um novo presidente do Congresso no domingo, depois que tropas armadas impediram os legisladores da oposição, liderados pelo então presidente interino no país, Juan Guaidó, de entrar no parlamento, em uma ação condenada por dezenas de nações como um ataque à democracia.

Tropas com escudos anti-motim impediram Juan Guaidó de entrar no parlamento para o que era esperado ser sua reeleição como chefe do Congresso, a certa altura o retirando das grades de ferro do complexo depois que ele tentou romper o bloqueio das forças de segurança.

O bloqueio permitiu ao Partido Socialista no poder entregar o cargo ao legislador Luis Parra, que foi recentemente expulso por um partido da oposição por acusações de corrupção.

A aposta do governo do ditador Nicolas Maduro foi criticada pelos Estados Unidos, pela União Européia e por uma dúzia de países latino-americanos.

Os legisladores da oposição, por sua vez, reelegeram rapidamente Guaidó – que é reconhecido por dezenas de nações como o legítimo presidente da Venezuela – em uma sessão na sede de um jornal pró-oposição.

“Hoje a ditadura cometeu outro erro”, disse Guaidó depois de prestar juramento no escritório do jornal El Nacional. “Hoje, mais uma vez, derrotamos profundamente os planos da ditadura.”

A contagem da oposição mostrou que 100 dos 167 legisladores do parlamento votaram a seu favor.

Guaidó liderou, no ano passado, um movimento de expansão para tirar Maduro do poder, denunciando sua reeleição em 2018 como uma fraude e assumindo uma presidência paralela que rapidamente conquistou o reconhecimento da maioria das nações ocidentais e latino-americanas.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, na noite de domingo felicitou Guaidó por ter ganho um segundo mandato.

“Os partidos políticos da Venezuela se reuniram em uma demonstração retumbante de unidade para apoiar a reeleição de Juan Guaido”, afirmou Pompeo em comunicado. “Nenhum bandido do regime, nenhuma cela de prisão e suborno ou intimidação podem subverter a vontade do povo venezuelano.” (Com: Reuters)