O presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia de formatura de 600 novos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta sexta-feira, onde fez alguns comentários sobre o cenário eleitoral dos Estados Unidos.

“O momento para o Brasil ainda é difícil, acompanhamos a política externa, termos nossas preferências, o que acontece lá fora interessa para cada um de nós”, disse o presidente em Santa Catarina diante dos novos militares.

Citando o atual presidente republicano Donald Trump, que vem sendo derrotado na eleição presidencial pelo democrata Joe Biden, Bolsonaro já adotou um discurso apaziguador, retirando a impressão de engrandecimento exagerado do norte-americano.

“Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a mais impotante do mundo, como ele mesmo diz: a pessoa mais importante é Deus. A humildade tem que se fazer presente entre nós”, completou o presidente, segundo o R7.

Tom estratégico

A declaração de Bolsonaro não é um abandono à figura do presidente Donald Trump, como alguns podem cogitar, mas uma sinalização estratégica de “paz” com relação ao possível novo presidente dos EUA, Joe Biden.

Deslocando a ideia de que Trump seria a última bolacha do pacote, Bolsonaro demonstra com isso abertura ao diálogo com Biden, ainda que já tenha manifestado torcida para Trump. É nada mais do que uma postura estratégia perante a eventual mudança radical no governo americano.

Se estivermos corretos em nossa análise, Bolsonaro age de forma acertada, visto que os interesses diplomáticos do Brasil com os EUA estão acima de questões ideológicas mais peculiares.

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