O aparelhamento ideológico das instituições públicas resultou em um “’buraco negro’ que engole dinheiro no meio das universidades!”. É o que acredita um professor de economia da Universidade Federal de Pernambuco, o PhD. Emanoel Barros, que também é diretor nacional de comunicação do movimento Docentes Pela Liberdade (DPL).

Com pós-doutorado em Economia pela instituição de ensino Centre Nationale de la Recherche Scientifique (CNRS), o professor Barros tem se tornado um grande defensor da política econômica desenvolvida pelo ministro Paulo Guedes. Em outra ocasião, por exemplo, ele apoiou a fala do colega ao utilizar o termo “parasitas” para classificar os maus servidores públicos.

Para o PhD, “o problema da Educação Superior é gestão e ideologia, não Bolsonaro. As reitorias, com todo o volume que receberam em dinheiro entre 2010-2014 (e em toda era Lula-Dilma), estão hoje no cheque especial. Só posso deduzir que criou-se um ‘buraco negro’ que engole dinheiro no meio das universidades!”.

A declaração foi dada em sua rede social, onde o professor expõe suas opiniões com frequência, como uma em que criticou a relevância das pesquisas científicas no Brasil. “Docente de universidade pública, se você acha que as universidades públicas produzem pesquisas de ponta, você está citando outliers”, escreveu.

“Os dados do Scopus, do Leiden Ranking mostram que os impactos científicos das universidades brasileiras (e seus pesquisadores, e mesmo áreas de conhecimento) são ínfimos. Em 2023 seremos os lanterninhas”, completou, afirmando que possui “dados científicos que comprovam tudo que afirmo acima, você tem o quê, convicção, ideologia?”.

Docentes Pela Liberdade

O professor Emanuel Barros faz parte de um movimento  que vem ganhando cada vez mais relevância no âmbito universitário. Professores das mais variadas disciplinas e universidades do país, assim como estudantes, se uniram para criar o Docentes Pela Liberdade.

Em seu site oficial, o movimento se autodefine como “um grupo apartidário, formado por docentes e profissionais de qualquer área, cujo interesse é recuperar a qualidade da educação no Brasil, romper com a hegemonia da esquerda e combater a perseguição ideológica.”.

Em sua visão, o DPL afirma “ser um polo catalisador dos melhores cérebros do país, com respeito ao ser humano, liberdade e justiça, para alcançar os melhores patamares de desenvolvimento mundial”. Para mais informações a respeito ou saber como integrar o movimento, clique aqui.

Diretor-presidente do DPL, Dr. Marcelo Hermes, com o presidente Jair Bolsonaro.
Diretor-presidente do DPL, Dr. Marcelo Hermes, com o presidente Jair Bolsonaro. Imagem: reprodução/DPL